Paisagem afetiva e processos comunitários : a Associação Galpão Cultural Sinhá Olímpia pela ótica da museologia do desenvolvimento.

Abstract

Esta pesquisa analisa por meio de um viés prático-teórico a Associação Galpão Cultural Sinhá Olímpia, localizada na cidade de Ouro Preto-MG, objetivando compreender como a Associação constitui um agente impulsionador do desenvolvimento humano a partir de sua paisagem afetiva. Isso foi feito a partir de diversas atividades acadêmicas desenvolvidas no Galpão, possibilitadas por processos baseados na indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Então, este trabalho problematizou o conceito de paisagem cultural, aplicado na área patrimonial pela Chancela da Paisagem Cultural, de 2009, que muitas vezes não se aplica a diversas paisagens que não são valoradas como culturais. Também foi colocado em discussão como é realizada a teorização de práticas comunitárias pela museologia. A partir daí, foi apresentado o conceito de Ecomuseologia e o processo protagonizado por grupos comunitários na aplicação de práticas ecomuseias nos territórios, a partir da compreensão de que os processos universitários deverão, cada vez mais, ser desenvolvidos a partir de necessidades comunitárias reais. conclui-se que deve haver o pleno desenvolvimento local de comunidades, sendo necessário, para isso, uma agência comunitária em todos os processos ligados ao patrimônio, sem que se conceba a comunidade apenas como um receptor patrimonial.