A representação sígnica do movimento Hip Hop a partir da busca pela humanização de tudo aquilo que é preto.

Abstract

Este trabalho analisa a representação sígnica do movimento Hip Hop como uma ferramenta essencial de luta pela humanização de tudo aquilo que é preto direcionando um olhar não só para a cor de pele em si mas também vivências, estilo, trejeitos, dialeto, estética, território, comportamentos e outros símbolos identitários para a comunidade negra. A pesquisa aprofunda-se no papel central do Rap, uma das principais vertentes do Hip Hop, como meio de expressão cultural, resistência antirracista e contestação às estruturas sociais historicamente excludentes e opressoras. A partir de um olhar semiótico, o estudo explora as dinâmicas de significação presentes nas batalhas de Rap. Essas batalhas são entendidas como espaços simbólicos e discursivos nos quais os participantes ressignificam estigmas sociais, transformam narrativas de exclusão em ferramentas de empoderamento e promovem a valorização identitária de indivíduos e comunidades negras. Como produto final desta pesquisa, foi desenvolvido um documentário que traduz visualmente as discussões teóricas e as vivências abordadas ao longo do estudo. Dessa forma, a obra busca ampliar a compreensão sobre a potência comunicativa e política do Rap, reafirmando seu papel como um dos pilares fundamentais da cultura Hip Hop.