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Title: Uma celebração à ambiguidade : análise do filme Em chamas de Lee Chang-dong.
Authors: Reis, Pedro Otávio Freire
metadata.dc.contributor.advisor: Tavares, Frederico de Mello Brandão
metadata.dc.contributor.referee: Rocha, Adriano Medeiros da
Laia, Evandro José Medeiros
Tavares, Frederico de Mello Brandão
Keywords: Ambiguidade
Cinema - Coréia do Sul
Lee Chang-dong
Issue Date: 2022
Citation: REIS, Pedro Otávio Freire. Uma celebração à ambiguidade: análise do filme Em chamas de Lee Chang-dong. 2022. 87 f. Monografia (Graduação em Jornalismo) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2022.
Abstract: Este trabalho tem o objetivo de identificar e de analisar como o filme Em Chamas (2018), do diretor sul-coreano Lee Chang-dong, faz um retrato das consequências da extrema desigualdade de classe. Uma das principais características que definem o filme é a sua ambiguidade. A partir dela, a obra abre interpretações não só sobre a desigualdade de classe, mas também sobre o ressentimento e a inadequação masculinas, justiça e vingança. Realiza-se um levantamento bibliográfico do processo de renascimento da indústria cinematográfica sul-coreana como uma potência cultural, relevante comercialmente e aclamada pela crítica, entre o século XX e a virada para o século XXI. Ao longo do século XX, a Coreia do Sul teve breves períodos de liberdade criativa sem censura, em que pode criar produções cinematográficas relevantes. Foi somente no início da década de 1990 que o país começou a produzir de forma livre, dando espaço para o desenvolvimento do que veio a se tornar a Korean New Wave. Também, é apresentado que, durante esse processo de revitalização do cinema, um elemento particular que se destaca nos filmes sul-coreanos, por ser uma característica intrínseca desse contexto, tornou-se um princípio norteador dos filmes sul-coreanos: o termo Han. Difícil de se traduzir para outros idiomas, é descrito uma forma de lamentar característica desse país e como parte da identidade da produção cultural sul-coreana. A metodologia escolhida para a monografia parte das perspectivas da análise fílmica – com ênfase nos estudos de Manuela Penafria (2009). O movimento de análise também toma a descrição de Sandra So Hee Choi Kim (2017) do sentimento de Han como base para o levantamento das categorias a serem identificadas na narrativa. O desenvolvimento da argumentação dessas categorias permite compreender como o diretor Lee Chang-dong faz um retrato da desigualdade de classe e identidade masculina, de uma forma que levanta mais perguntas do que respostas. A ambiguidade define como os personagens foram escritos e interpretados, bem como onde ele escolheu filmar o filme. Esse caráter ambíguo não direciona uma única possível interpretação do espectador. Na realidade, ela fornece a possibilidade de a audiência desenvolver suas respostas. Dependendo do ponto de vista, o filme pode ser um mistério sem resposta, se transformar em uma tragédia social ou uma violenta revolta de classe.
metadata.dc.description.abstracten: This work aims to identify and analyze how the film Burning (2018), by South Korean director Lee Chang-dong, portrays the consequences of extreme class inequality. One of the main defining characteristics of the film is its ambiguity. The work opens up interpretations not only of class inequality, but also of male resentment and inadequacy, justice and revenge. A bibliographic survey of the process of rebirth of the South Korean film industry as a cultural power, commercially relevant, and critically acclaimed between the 20th century and the turn of the 21st century is carried out. With the troubled 20th century, South Korea has had brief periods of uncensored creative freedom, in which it can create relevant film productions. It was only in the early 1990s that the country began to produce freely. Giving space for the development of what became the Korean New Wave. It is also shown that, during this process of cinema revitalization, a particular element that stands out in South Korean films, as it is an intrinsic characteristic of this context, became a guiding principle of South Korean films: the term Han. Difficult to translate into other languages, a way of mourning characteristic of that country and as part of the identity of South Korean cultural production is described. The methodology chosen for the monograph is based on the perspectives of film analysis – studies by Manuela Penafria (2009). The movement of analysis takes also Sandra So Hee Choi Kim's (2017) description of Han's feeling as a basis for surveying the categories to be identified in the narrative. And, with that, the development of an argument of these categories allows us to understand how the director portrays inequality of class and male identity, in a way that raises more questions than answers. The ambiguity defines how the characters were written and played, as well as where he chose to shoot the film. This ambiguous character does not direct a single possible interpretation of the spectator. In fact, it provides the possibility for the audience to develop their responses. Depending on the point of view, the film can be an unanswered mystery, turn into a social tragedy or a violent class riot.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4837
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