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Título: Ácidos graxos no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico : revisão sistemática.
Autor(es): Cunha, Anna Luiza Polycarpo
Orientador(es): Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Coletro, Hillary Nascimento
Membros da banca: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino
Vieira, Renata Adrielle Lima
Palavras-chave: Lúpus eritematoso sistêmico
Ácidos graxos
Dietoterapia
Data do documento: 2022
Referência: CUNHA, Anna Luiza Polycarpo. Ácidos graxos no tratamento do lúpus eritematoso sistêmico:revisão sistemática. 2021. 83 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória autoimune, caracterizada pela produção de autoanticorpos, formação e deposição de imunocomplexos, inflamação e dano tecidual. Pesquisas demonstraram que ácidos graxos podem reduzir biomarcadores inflamatórios, assim como desempenhar funções imunomoduladoras em doenças imunes. Sendo assim, o objetivo desta revisão sistemática foi sintetizar ensaios clínicos disponíveis na literatura que demonstram o efeito do consumo e administração de ácidos graxos sobre o Lúpus Eritematoso Sistêmico. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada com base no protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA-P) sob o protocolo CRD42020179049. A pesquisa foi realizada nas bases de dados PubMed (Medline), LILACS (BVS), EMBASE e Web of Science. A qualidade metodológica dos ensaios clínicos randomizados foi avaliada pela ferramenta Revised Cochrane risk of bias tool for randomised trials (RoB 2.0) da Cochrane. A avaliação foi realizada por dois pesquisadores independentes. A presente pesquisa bibliográfica resultou em 2910 artigos e destes, 10 foram selecionados, compreendendo um total de 460 indivíduos avaliados para compor esta revisão. No que se refere à utilização de ácidos graxos, 90% dos estudos utilizaram ácidos graxos do tipo poli-insaturados ômega-3 (n=9) em forma de cápsulas e apenas 10% avaliaram o consumo de ácidos graxos provenientes da dieta (n=1). Foram recuperados 2 ensaios clínicos, nos quais foram demonstrados redução de marcadores lipídicos (n=1) e melhora da qualidade de vida (n=1); 5 estudos randomizados controlados, nos quais todos (n=5) demonstraram resultados positivos da administração de ácidos graxos, reduzindo atividade da doença e atenuação de sinais clínicos, melhora de marcadores inflamatórios e melhora na qualidade de vida; e 3 ensaios clínicos randomizados duplo cego, no qual 2 encontraram redução da atividade da doença. No geral, no que se refere à atividade da doença, 50% dos estudos indicaram redução (n=5). Efeitos positivos e indesejáveis entre o consumo e suplementação de ácidos graxos foram encontrados nos estudos (n=4), mas de uma forma geral a maioria apresentou efeitos positivos. Diante do exposto, a maioria dos estudos utilizou ácidos graxos poli-insaturados, especialmente ômega-3, e demonstrou resultados benéficos, como a melhora da atividade da doença, a atenuação de sinais clínicos, e redução de marcadores inflamatórios. Sendo assim, estes podem ser aliados na terapia nutricional de pacientes lúpicos sobretudo por sua capacidade de controle de doenças autoimunes e crônicas, ao atuar na atividade da doença, atenuação de sinais clínicos e marcadores inflamatórios.
Resumo em outra língua: Systemic Lupus Erythematosus is an autoimmune inflammatory disease characterized by the production of autoantibodies, formation and deposition of immune complexes, inflammation and tissue damage. Research has shown that fatty acids can reduce inflammatory biomarkers as well as implement immunomodulatory functions in immune diseases. Therefore, the aim of this systematic review was to synthesize clinical trials available in the literature that demonstrate the effect of consumption and administration of fatty acids on systemic lupus erythematosus. This is a systematic literature review study, based on the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA-P) protocol under the CRD42020179049 protocol. The search was carried out in PubMed (Medline), LILACS (BVS), EMBASE and Web of Science databases. The methodological quality of randomized controlled trials was assessed using the Revised Cochrane risk of bias tool for randomized trials (RoB 2.0). The assessment was carried out by two independent researchers. The bibliographic search resulted in 2910 articles and of these 10 articles were selected, comprising a total of 460 individuals to compose this review. Regarding the use of fatty acids, 90% of the studies used omega-3 polyunsaturated fatty acids (n = 9) in capsule form and only 10% evaluated the consumption of dietary fatty acids (n = 1). Two clinical trials were found, which demonstrated a reduction in lipid markers (n=1) and an improvement in quality of life (n=1), 5 randomized controlled studies in which all (n=5) showed positive results from the administration of fatty acids reducing disease activity and attenuation of clinical signs, improvement of inflammatory markers and improvement in quality of life and 3 double-blind randomized clinical trials in which 2 found reduced disease activity. Overall, regarding to disease activity, 50% of the studies indicated a reduction (n=5). Positive and undesirable effects between consumption and administration of fatty acids were found in the studies (n=4), but in general most of them showed positive effects. Given the above, most studies used polyunsaturated fatty acids, especially omega-3, and demonstrated beneficial results, such as improved disease activity, attenuation of clinical signs and inflammatory markers. Therefore, these can be allies in the nutritional therapy of lupus patients, especially for their ability to control autoimmune and chronic diseases, by acting on disease activity, attenuation of clinical signs and inflammatory markers.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4042
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