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Título: Da maternidade ao empreendedorismo : uma escolha ou uma sentença?
Autor(es): Pessoti, Priscila Cristina da Costa de Carvalho
Orientador(es): Boava, Fernanda Maria Felício Macedo
Membros da banca: Boava, Fernanda Maria Felício Macedo
Moura, Fábio Viana de
Rezende, Ana Flávia
Palavras-chave: Empreendedorismo
Emprendedorismo social
Maternidade
Data do documento: 2022
Referência: Pessoti, Priscila Cristina da Costa de Carvalho. Da maternidade ao empreendedorismo: uma escolha ou uma sentença? 2022. 36. Monografia (Graduação em Administração) Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2022.
Resumo: As mulheres vêm ao longo dos anos conquistando seu espaço no mercado de trabalho e buscando equilíbrio na sobrecarga laboral ocasionada entre vida familiar e profissional. Muitas vezes, os conflitos entre a construção e ascensão da carreira confluem com a pretenção da maternidade. Ao engravidar, surgem os questionamentos sobre regresso ao trabalho e certa renúncia da presença ativa na educação do(s) filho(s) ou manutenção do emprego pelas organizações. Nesse contexto, o empreendedorismo desponta como uma possibilidade de se manter atuante no mercado de trabalho com horários mais flexíveis para o exercício da maternidade. Nesse contexto, o presente trabalho visa analisar os fatores que levam mulheres residentes na cidade de Ouro Branco-MG a empreender, posteriormente, a maternidade. A relevância desta proposta de pesquisa incide em distinguir se a motivação para o empreendedorismo surge a partir de um perfil empreendedor ou como única alternativa aparente para as mulheres em questão. Para isso, realizou-se um investigação de cunho qualitativo a partir do desenvolvimento de entrevistas de caráter semiestruturado com uma amostra constiuída por dez mulheres que empreenderam em negócios próprios após o nascimento do(s) filho(s), realizada por meio remoto. Esses dados de natureza primária foram examinados via referencial teórico metodológico da fenomenologia social que versa sobre a intersubjetitivadade presente nas relações sociais e os motivos para e porque presentes na ação social. Dentre os resultados alcançados com a pesquisa, foi possível notar que os trabalhos formais vivenciados pelas mulheres antes do empreendedorismo não possibilitavam o equilíbrio entre maternidade e trabalho que as mesmas intencionavam, ou não as aceitaram mais em suas antigas atividades laborais, emergindo o empreendedorismo com uma sentença. Na realidade, uma violência de gênero que condena a mulher a margem da atividade laboral formal por essa ser considerada menos produtiva ao gerar e cuidar de novas vidas humanas. Deste modo, espera-se que essa investigação acerca do empreendedorismo materno como sentença, evidencie maior atenção e interesse sobre a falta de espaço no mercado de trabalho para mulheres economicamente ativas e mães, uma forma do patriarcado permanecer segregando e dominando as mesmas.
Resumo em outra língua: Over the years, women have conquered their space in labor market and have sought to balance the work overload caused between personal and professional life. Often, the development of a career converges with the the willing of becoming a mother. When one gets pregnant, questions arise about returning to work and a certain renunciation of active presence in the education of the child(ren) and also about job maintenance by organizations. In this context, entrepreneurship emerges as a possibility to remain active in the labor market with with more flexible hours for the exercise of motherhood. In this context, this study aims to analyze the reasons that lead women living in the city of Ouro Branco-Minas Gerais, to become entrepreneurs after motherhood. The relevance of this research proposal lies in distinguishing whether the motivation for entrepreneurship arises from an entrepreneurial profile or as the only apparent alternative for the women in question. Due to that, a qualitative investigation was carried out based on the development of semi-structured interviews with a sample consisting of ten women who started their own businesses after the becoming mothers. These data of a primary nature were examined via the theoretical methodological framework of social phenomenology, which deals with the intersubjectivity present in social relations and the reasons for and why they are present in social action. Among the results achieved with the research, it was possible to note that the formal work experienced by women before entrepreneurship did not allow the balance between motherhood and work that they intended, or they were no longer accepted in their old activities, then entrepreneurship became a verdict. In reality, a gender-based violence that condemns women to the margin of formal labor activity because they are considered less productive as they generate and take care of new lives. Thus, it is expected that this investigation about maternal entrepreneurship as a sentence, show greater attention and interest in the lack of space in the labor market for economically active women and mothers, a way for patriarchy to remain segregating and dominating them.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3963
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