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Título: Geoespeleologia da gruta do Zé Brega, Pains - MG/Brasil.
Autor(es): Yoshizumi, Wendy Tanikawa
Orientador(es): Rudnitzki, Isaac Daniel
Membros da banca: Rudnitzki, Isaac Daniel
Silva, Rafael Oliveira
Marconato, André
Palavras-chave: Espeleologia
Carste
Cráton São Francisco - Grupo Bambuí
Data do documento: 2019
Referência: YOSHIZUMI, Wendy Tanikawa. Geoespeleologia da gruta do Zé Brega, Pains - MG/Brasil. 2019. 74 f. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido na Gruta do Zé Brega, localizada na região centro-oeste do estado de Minas Gerais, no munícipio de Pains. A área de estudo está inserida na porção sudoeste do Cráton São Francisco, a cerca de 5,5 km do cinturão orogenético Faixa Brasília, e à sudoeste na Bacia Intracratônica do São Francisco. Está localizada na área de nascente da bacia hidrográfica do Alto São Francisco e localmente, pertence à bacia hidrográfica do rio São Miguel, no contexto da “Província Cárstica do Alto São Francisco” que abrange a região de Arco-Pains. Na região afloram espessos pacotes de rochas carbonáticas Neoproterozóicas do Grupo Bambuí, principalmente da Formação Sete Lagoas, depositada durante o Neoproterozóico Médio à Superior. Além do elevado potencial espeleológico e hidrogeológico, a região ainda tem alto potencial econômico na produção de cimento, cal e corretivo de solo, onde essas atividades vêm intensificando a exploração do meio ambiente e dos recursos naturais. Com potenciais em convergência, é necessário dialogar a exploração sustentável com a preservação das cavidades locais. O estudo desenvolveu uma hipótese genética para o endocarste da gruta do Zé Brega, com base na descrição do exocarste, morfologia dos condutos e salões, depósitos químicos e suas relações hídricas, depósitos físicos e feições estruturais. Sua gênese abrange os domínios epifreático à vadoso, e consiste nas seguintes fases: 1) Deposição das fácies sedimentares; 2) Deformação e fraturamento do maciço rochoso; 3) Dissolução e alargamento das descontinuidades do maciço; 4) Contínuo rebaixamento do nível freático com incasão de blocos autóctones e, posterior, alagamento dos condutos por fluxo aquoso livre; 5) Ornamentação da cavidade. Nota-se uma estabilização do nível freático que corrobora com a atual fase vadosa com influência de fluxos exógenos sazonais. A cavidade destaca-se regionalmente por sua dimensão e variedade da ornamentação química, com presença de espeleotemas raros como calcita dente-de-cão e helictites. Nesse sentido, fica evidente a importância dos estudos espeleológicos como meio de preservação desse patrimônio natural e científico. Além disso, ela é um importante registro do Cenozóico o que abre oportunidade de enriquecimento científico para estudos paleoclimáticos e sobre o processo de carstificação da Província Cárstica Arcos-Pains-Doresópolis.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2718
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