Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2513
Título: Efeito da dieta hiperlipídica materna na indução de distúrbios cardiometabólicos característicos da síndrome metabólica na prole F1.
Autor(es): Silva, Karina Borges de Souza da
Membros da banca: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Figueiredo, Vivian Paulino
Alzamora, Andréia Carvalho
Palavras-chave: Dieta hiperlipídica
Adipocinas
Síndrome metabólica
Inflamação
Data do documento: 2019
Referência: SILVA, Karina Borges de Souza da. Efeito da dieta hiperlipídica materna na indução de distúrbios cardiometabólicos característicos da síndrome metabólica na prole F1. 2019. 38 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: O consumo de dieta hiperlipídica (H) no período de acasalamento, gestação e lactação está associado a alterações cardiometabólicas na prole F1. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da dieta hiperlipídica materna na indução de distúrbios cardiometabólicos característicos da síndrome metabólica nas proles machos F1 machos. Ratos Fischer com 90 dias de idade foram acasalados e submetidos à dieta controle (C) ou à dieta H. Após o desmame, os ratos foram submetidos à dieta C e divididos em dois grupos: proles das genitoras que receberam dieta H (F1HM, n=8) e que receberam dieta C (F1CM, n= 7). Após 90 dias, foi realizada cirurgia de canulação da artéria aorta abdominal e veia femoral para registro da pressão arterial média (PAM, mmHg) e frequência cardíaca (FC, bpm), eutanásia e coleta de plasma, órgãos e tecidos. O material obtido foi armazenado no freezer a -80ºC para futuras análises. Foram avaliados parâmetros nutricionais, biométricos, bioquímicos, hepáticos, hemodinâmicos e marcadores inflamatórios, sendo que o valor significativo corresponde a P<0,05. Os resultados mostraram que as proles F1HM apresentaram aumento da ingestão alimentar (23±0,4 g), ingestão calórica (80±1,3 kcal), eficiência alimentar (0,70±0,01 kcal/g) e ingestão de água (34±0,7 mL) comparados aos grupos controles F1CM (17±0,8 g; 59±2,9 Kcal; 0,60±0,02 Kcal/g; 22±0,3 mL, respectivamente). Em relação aos parâmetros biométricos, as proles F1HM apresentaram aumento da massa corporal (324±13,40 g), do depósito de gordura inguinal (2,37±0,27 g/100g), depósito de gordura retroperitoneal (2,50±0,11 g/100g), depósito de gordura epididimal (2,20±0,20 g/100g), tecido adiposo marrom (0,15±0,011 g/100g) e do índice de adiposidade (6,41±0,52) comparados aos seus grupos controles (287±6,72 g; 1,81±0,07g/100g; 1,70±0,10 g/100g; 1,50±0,20 g/100g; 0,11±0,011g/100g; 5,04±0,40, respectivamente). Quanto aos parâmetros bioquímicos, as proles F1HM apresentaram aumento dos níveis plasmáticos de glicemia (139±2,4 mg/dL), de insulina (1,51±0,16 ng/mL), HOMA–IR (57,0±4,6) e HOMA–β (259±15,9) comparados aos seus grupos controle (113±5,4 mg/dL; 0,90±0,09ng/mL; 38,3±1,9; 316±16,4, respectivamente). Nos parâmetros hepáticos, as proles F1HM apresentaram aumento dos níveis de AST (5,7±0,8 U/mL) e ALT (7,6±1,3 U/mL) comparados aos seus grupos controle (3,5±0,6 U/mL; 3,7±0,7 U/mL, respectivamente). No tocante aos parâmetros hemodinâmicos, as proles F1HM apresentaram aumento da PAM (126,8±2,6 mmHg) comparada ao seu grupo controle (103±3,2 mmHg). E em relação aos marcadores inflamatórios, as proles F1HM apresentaram aumento dos níveis de leptina (13,5±2,7 ng/mL) e dos níveis de MCP-1 (36,5±1,5 pg/mL) comparado aos seus grupos controles (4,4±1,1 ng/mL; 30,6±2,03 pg/mL, respectivamente). Em conjunto, os dados mostraram que a dieta H ofertada a genitoras somente no período de acasalamento, gestação e lactação aumentou na prole (F1HM) a ingestão alimentar de dieta C, provavelmente por um distúrbio nos mecanismos de controle da saciedade, apresentando aumento dos níveis de leptina plasmática em função da maior adiposidade. Esses distúrbios induziram aumento no índice de adiposidade que resultou em um estado de inflamação sistêmica.
Resumo em outra língua: Consumption of a high fat diet (H) during mating, pregnancy and lactation is associated with cardiometabolic changes in F1 offspring. The aim of this study was to evaluate the effect of maternal hyperlipidic diet on the induction of cardiometabolic disorders characteristic of metabolic syndrome in F1 male offspring. Ninety-day-old Fischer rats were mated and submitted to the diet control (C) or the diet H. After weaning, the rats were submitted to the diet C and divided into two groups: offspring of the parents who received diet H (F1HM, n. = 8) and received diet C (F1CM, n = 7). After 90 days, abdominal aortic artery and femoral vein cannulation surgery was performed to record mean arterial pressure (MAP, mmHg) and heart rate (HR, bpm), euthanasia and collection of plasma, organs and tissues and stored at - 80ºC for future analysis. Nutritional, biometric, biochemical, hepatic, hemodynamic parameters and inflammatory markers were evaluated. It was considered as significant value P <0.05. The results showed that F1HM offspring had increased food intake (23 ± 0.4 g), caloric intake (80 ± 1.3 kcal), feed efficiency (0.70 ± 0.01 kcal / g) and water intake. (34 ± 0.7 mL) compared to the F1CM control groups (17 ± 0.8 g; 59 ± 2.9 Kcal; 0.60 ± 0.02 Kcal / g; 22 ± 0.3 mL, respectively). Regarding the biometric parameters, F1HM offspring presented increased body mass (324 ± 13.40 g), inguinal fat deposit (2.37 ± 0.27 g / 100g), retroperitoneal fat deposit (2.50 ± 0.11 g / 100g), epididymal fat deposit (2.20 ± 0.20 g / 100g), brown adipose tissue (0.15 ± 0.011 g / 100g) and adiposity index (6.41 ± 0, 52) compared to their control groups (287 ± 6.72 g; 1.81 ± 0.07g / 100g; 1.70 ± 0.10 g / 100g; 1.50 ± 0.20 g / 100g; 0.11 ± 0.011g / 100g; 5.04 ± 0.40, respectively). Regarding the biochemical parameters, F1HM offspring had increased plasma glucose levels (139 ± 2.4 mg / dL), insulin (1.51 ± 0.16 ng / mL), HOMA – IR (57.0 ± 4). , 6) and HOMA – β (259 ± 15.9) compared to their control groups (113 ± 5.4 mg / dL; 0.90 ± 0.09ng / mL; 38.3 ± 1.9; 316 ± 16 , 4, respectively). In liver parameters, F1HM offspring showed increased AST (5.7 ± 0.8 U / mL) and ALT (7.6 ± 1.3 U / mL) levels compared to their control groups (3.5 ± 0 , 6 U / mL; 3.7 ± 0.7 U / mL, respectively). Regarding hemodynamic parameters, F1HM offspring had an increase in MAP (126.8 ± 2.6 mmHg) compared to their control group (103 ± 3.2 mmHg). Regarding the inflammatory markers, F1HM offspring had increased leptin levels (13.5 ± 2.7 ng / mL) and MCP-1 levels (36.5 ± 1.5 pg / mL) compared to their control groups (4.4 ± 1.1 ng / mL; 30.6 ± 2.03 pg / mL, respectively). Taken together, the data showed that diet H offered to mothers only during mating, pregnancy and lactation increased in the offspring (F1MH) the dietary C intake probably due to a disturbance in satiety control mechanisms, presenting an increase in the levels of plasma leptin as a function of higher adiposity. These disorders induced an increase in adiposity index which resulted in a state of systemic inflammation.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2513
Aparece nas coleções:Nutrição

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
MONOGRAFIA_EfeitoDietaHierlipídica.pdf866,08 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons