Estudo petrográfico e mineralógico das zonas hidrotermalizadas e de laterização do depósito de fosfato da Mosaic, Patrocínio, MG.

Abstract

A Província Ígnea do Alto Paranaíba (APIP) é reconhecida por suas rochas alcalinas ultrapotássicas e depósitos minerais ricos em elementos como Nb, Ba, Ti, Sr, e P, destacando-se o Complexo Alcalino-Carbonatítico de Serra Negra. Este estudo visa contribuir para o entendimento geológico do complexo, explorando suas paragêneses minerais e as implicações para a extração de fosfato. Esperam-se resultados que contribuam para a compreensão da mineralogia do carbonatito de Serra Negra, revelando a presença de uma associação mineral distinta de outros depósitos brasileiros, focando na extração de fosfatos de Ba e Fe. A caracterização detalhada das paragêneses minerais pode fornecer informações cruciais para o desenvolvimento de rotas de processamento econômico viáveis. As rochas carbonatíticas são definidas, de acordo com a União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS), como contendo mais de 50% de carbonatos e uma proporção limitada de sílica. Para isso, foram feitas análises petrográficas em microscópio óptico por meio de lâminas delgadas que mostram uma mineralogia principal de carbonatos, minerais opacos e minerais acessórios, além de feldspatos alcalinos, que ocorrem associados aos carbonatitos. Também foram feitas análises químicas pontuais semi-quantitativas utilizando Microscopia Eletrônica de Varredura com Energy Dispersive Spectroscopy (MEV-EDS). O estudo permitiu a identificão e classificação de uma mineralogia predominantemente composta por carbonatos (dolomita, siderita e stroncianita), além da classificação e identificação minerais, vivianita, fosfato de cério, rabdofana-(Ce), minerais óxido, ilmenita e geikielita, minerais raros, como switzerita (fosfato de manganês), perloffita e rodocrosita.