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Título: Variação térmica crítica nas espécies de mycetophylax emery endêmicas de dunas brasileiras.
Autor(es): Conceição, Karollina Vieira da
Orientador(es): Cardoso, Danon Clemes
Paula, Alexandre Silva de
Membros da banca: Afonso Neto, Paulo Cesar
Travenzoli, Natália Martins
Paula, Alexandre Silva de
Palavras-chave: Formiga
Fungo
Cronobiologia
Data do documento: 2023
Referência: CONCEICAO, Karollina Vieira da. Variação térmica crítica nas espécies de mycetophylax emery endêmicas de dunas brasileiras. 2023. 27 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas- Bacharelado) - Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: Formigas, como um grupo de insetos notavelmente diversificados, exibem uma variedade de espécies que ocupam uma ampla gama de habitats em diferentes biomas ao redor do mundo. Um grupo específico de formigas na região Neotropical mantém uma relação mutualística com fungos basidiomicetos, os quais são cultivados em seus ninhos subterrâneos. O gênero Mycetophylax, que possui três espécies endêmicas de restinga M. simplex, M. conformis e M. morschi, ocupam diferentes partes da costa atlântica e suas distribuições geográficas se estendem ao longo da região costeira. Nesse contexto, a localização do ninho e as características do solo desempenham um papel fundamental na viabilidade do fungo e, por consequência, na colônia. A temperatura crítica máxima e mínima (CTmax e CTmin) é um ponto térmico crucial para a sobrevivência de uma espécie, influenciando a seleção do local de nidificação e, por extensão, a distribuição das espécies. A análise dos limites de distribuição revela aspectos importantes, como a existência de uma população remanescente de M. simplex devido a mudanças históricas no nível do mar. Além disso, diferenças comportamentais, como a atividade noturna em M. simplex e contínua em M. conformis e M. morschi, também são notadas. Dado o ambiente desafiador das restingas na Mata Atlântica, caracterizado por solos arenosos e ventos constantes, essas espécies de Mycetophylax foram escolhidas para investigar possíveis variações na temperatura crítica máxima e mínima em relação ao tempo de atividade (dia ou noite) das espécies. Isso se alinha à cronobiologia das espécies e à adaptação a ambientes inóspitos. As coletas foram realizadas através de escavação de dunas costeiras localizadas dos estados do Rio de Janeiro (RJ) e Santa Catarina (SC) e analisadas no Laboratório de Genética e População (LGEP) na UFOP. Os resultados indicam que a temperatura desempenha um papel crucial na determinação do nicho térmico das espécies, influenciando sua partição temporal. As espécies diurnas, M. morschi e M. conformis, apresentam um CTmax médio mais elevado do que a espécie noturna M. simplex. Similarmente, a espécie noturna exibe um CTmin menor em comparação com as espécies diurnas.
Resumo em outra língua: Ants, as a remarkably diverse group of insects, exhibit a variety of species that occupy a wide range of habitats in different biomes around the world. A specific group of ants in the Neotropical region maintains a mutualistic relationship with basidiomycete fungi, which are cultivated in their underground nests. The genus Mycetophylax, which includes three endemic species from coastal restinga environments, M. simplex, M. conformis, and M. morschi, stand out and inhabit different parts of the Atlantic coast, with their geographical distributions extending along the coastal region. In this context, nest location and soil characteristics play a fundamental role in the fungus's viability and, consequently, in the colony. The critical maximum and minimum temperatures (CTmax and CTmin) are crucial thermal points for species survival, influencing nest site selection and, by extension, species distribution. The analysis of distribution limits reveals important aspects, such as the existence of a remnant population of M. simplex due to historical sea-level changes. Furthermore, behavioral differences, such as nocturnal activity in M. simplex and continuous activity in M. conformis and M. morschi, are also observed. Given the challenging environment of restingas in the Atlantic Forest, characterized by sandy soils and constant winds, these Mycetophylax species were chosen to investigate possible variations in critical maximum and minimum temperatures in relation to their activity time (day or night). This aligns with the chronobiology of species and adaptation to inhospitable environments. Collections were carried out through excavation of coastal dunes located in the states of Rio de Janeiro (RJ) and Santa Catarina (SC) and analyzed at the Laboratory of Genetics and Population (LGEP) at UFOP. The results indicate that temperature plays a crucial role in determining the thermal niche of the species, influencing their temporal partitioning. Diurnal species, M. morschi and M. conformis, exhibit a higher average CTmax than the nocturnal species M. simplex. Similarly, the nocturnal species displays a lower CTmin compared to the diurnal species.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6090
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