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Título: Papel da cafeína em modelo de infecção in vitro de células J774A.1 por Leishmania major.
Autor(es): Souza, Victor José Bráz de
Orientador(es): Afonso, Luís Carlos Crocco
Oshiro, Flávio Pignataro
Membros da banca: Afonso, Luís Carlos Crocco
Amaral, Joana Ferreira do
Leite, Ana Luísa Junqueira
Palavras-chave: Cafeína
Adenosina
Imunologia
Sinalização purinérgica
Leishmania major
Data do documento: 2019
Referência: SOUZA, Victor José Bráz de. Papel da cafeína em modelo de infecção in vitro de células J774A.1 por Leishmania major. 2019. 68 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: A cafeína é a substância psicoativa mais consumida no mundo e exerce suas ações por antagonizar os quatro tipos de receptores de adenosina. A sinalização purinérgica tem como principal molécula sinalizadora o ATP extracelular que é um potente estimulador da resposta inflamatória. A resposta induzida pelo ATP é regulada principalmente pela ação das ectonucleotidases que são responsáveis pela hidrólise do ATP a adenosina. A adenosina (ADO) é um importante nucleosídeo que possui diversos efeitos imunomoduladores, induzindo o estabelecimento de respostas anti-inflamatórias. A hidrólise da ADO é realizada pela enzima adenosina desaminase (ADA) que promove a desaminação hidrolítica da ADO até inosina. A expressão de ectonucleotidases e a produção de ADO é uma das vias exploradas por parasitos do gênero Leishmania para evadir do sistema imunológico. Considerando as ações da cafeína, o objetivo deste estudo foi avaliar seu efeito na resposta das células J774A.1 (linhagem monocítica) durante a infecção por Leishmania major. Investigamos o efeito citotóxico da cafeína pela viabilidade celular (MTT), no qual células J774A.1 foram incubadas em meio enriquecido com cafeína. Foi realizada uma curva de crescimento dos parasitos tratados com cafeína em diferentes concentrações durante sete dias. Para investigar os efeitos da cafeína na degradação de adenosina, determinamos a atividade da ADA em células J774A.1 expostas à cafeína. Em relação à infecção, células J774A.1 foram infectadas por L. major e tratadas com 10μM de cafeína em diferentes momentos. Foi determinada a taxa de infecção e a produção de NO, IL-10 e TNF. Os resultados demonstraram que a concentração de cafeína é capaz de interferir no crescimento de células J774A.1 e Leishmania, especialmente em concentrações e tempos de exposição elevados. Não foi observado nenhuma alteração significativa na atividade da ADA decorrente do tratamento com cafeína em células J774A.1. No contexto da infecção, o tratamento com cafeína antes da infecção reduziu a produção de NO e manteve elevada as taxas de infecção em células estimuladas com LPS e IFN-γ. Os tratamentos realizados durante a infecção não alteraram a produção de NO. A produção das citocinas TNF e IL-10 não foram modificadas pelo tratamento com cafeína. Apesar dos efeitos da cafeína sobre o sistema imune, descritos na literatura, não foram observados efeitos significativos no contexto da infecção de macrófagos da linhagem J774A.1 por L. major para as doses de cafeína administradas.
Resumo em outra língua: Caffeine is the most consumed psychoactive substance in the world and acts by antagonizing the four types of adenosine receptors. Purinergic signaling has as its main signaling molecule the extracellular ATP, which is a potent stimulant of the inflammatory response. The ATPinduced response is mainly regulated by the action of ectonucleotidases that are responsible for ATP hydrolysis to adenosine. Adenosine (ADO) is an important nucleoside which contains several immunomodulatory effects, inducing the establishment of anti-inflammatory responses. The ADO’s hydrolysis is performed by the enzyme adenosine deaminase (ADA) which promotes hydrolytic deamination of the ADO to inosine. The ectonucleotidases expression and ADO’s production are pathways explored by the Leishmania genus parasites to evade the immune system. Considering the caffeine’s actions, the objective of this study was to evaluate its effect on the J774A.1 (monocytic lineage) cell’s response during Leishmania major infection. We analyzed the caffeine’s cytotoxic effect through cellular viability (MTT), in which J774A.1 cells were incubated in caffeine-enriched medium. A growth curve of the caffeine-treated parasites at different concentrations was performed for seven days. To investigate the effects of caffeine on adenosine degradation, we determined ADA activity on caffeine-exposed J774A.1 cells. Regarding infection, J774A.1 cells were infected by L. major and treated with 10μM of caffeine at different times. The infection rate and production of NO, IL-10 and TNF were then determined. The results demonstrate that caffeine concentration is capable of interfering with J774A.1 cells and Leishmania growth, especially at high concentrations and exposure time. No significant change in ADA activity was observed due to caffeine treatment in J774A.1 cells. In the regards of infection, treatment prior to infection reduced NO production and maintained high infection rates in LPS/IFN-γ-stimulated cells. Treatments performed during infection did not change NO production. The production of TNF and IL-10 cytokines were not modified by caffeine treatment. Despite caffeine’s effects on the immune system, described in the literature, no significant effects were observed in the regards of infection of J774A.1 macrophage by L. major for the caffeine doses administered.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2590
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