Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8474
Título: | Riscos do consumo de excesso de frutose : revisão narrativa. |
Autor(es): | Gouveia, Anderson Ferreira |
Orientador(es): | Guimarães, Andrea Grabe |
Membros da banca: | Binda, Nancy Scardua Silva, Nayara Nascimento Toledo Guimarães, Andrea Grabe |
Palavras-chave: | Resistência à insulina Síndrome metabólica Dislipidemia |
Data do documento: | 2025 |
Referência: | GOUVEIA, Anderson Ferreira. Riscos de consumo do excesso de frutose: revisão narrativa. 2025. 43 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2025. |
Resumo: | A ingestão excessiva de frutose, principalmente na forma de xarope de milho de alta frutose (HFCS), adicionado a alimentos ultraprocessados como refrigerantes, sucos industrializados, géis energéticos, embora também presente em frutas in natura está associada a diversas doenças metabólicas. Entre elas, destacam-se a resistência à insulina, dislipidemias, obesidade, esteatose hepática e complicações renais. A frutose, um carboidrato simples metabolizado prioritariamente no fígado, contorna os mecanismos regulatórios da glicólise, favorecendo a lipogênese e o acúmulo de gordura visceral. Além disso, seu metabolismo em excesso ativa a via do sorbitol, contribuindo para danos em rins, olhos e nervos. Este estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, conduzida nas bases PubMed e SciELO, utilizando os descritores : Fructose; Risk; Cardiovascular Diseases; Cataract; Dyslipidemias; Diabetes; Microbiota; Metabolic Diseases; e Kidney Diseases. As buscas foram conduzidas usando o operador booleano AND e o cruzamento entre as palavras Fructose AND Risk, cardiovascular Diseases, eye cataract, Dyslipidemias, Diabetes, Microbiota, e Metabolic Diseases. Foram incluídos ensaios clínicos, estudos controlados e metanálises publicados entre 1998 e 2021, em inglês e português, com foco em indivíduos adultos não diabéticos.Os resultados evidenciaram que o padrão alimentar contemporâneo, marcado pelo alto consumo de produtos industrializados ricos em HFCS, está diretamente relacionado ao aumento da ingestão diária de frutose. Dietas hipercalóricas, com mais de 10% das calorias provenientes de açúcares adicionados ultrapassando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), estão associadas a elevações significativas nos níveis plasmáticos de triglicerídeos (TAG), redução do colesterol HDL, aumento da resistência à insulina (medida pelo índice HOMA-IR) e hiperuricemia. A análise de produtos como isotônicos, géis energéticos e sucos industrializados revelou que muitos contêm altas concentrações de frutose não declaradas explicitamente nos rótulos, o que dificulta a conscientização do consumidor.Adicionalmente, estudos como os de Stanhope et al. (2015) e Johnson et al. (2018) demonstraram que o consumo crônico de frutose adicionada está ligado a alterações urinárias (ex.: acidificação da urina e aumento da excreção de oxalato), além de elevar marcadores de risco cardiovascular, como ApoB e ApoCIII. A revisão também destacou a importância das fibras presentes em frutas, in naturas que atenuam os efeitos metabólicos negativos da frutose, contrastando com os riscos de seu consumo isolado em produtos industrializados. Conclui-se que políticas públicas para regulamentação de rotulagem nutricional transparente, aliadas a campanhas educativas, são urgentes para reduzir o consumo excessivo de frutose. A promoção de hábitos alimentares baseados em alimentos não processados e a prática de atividade física são estratégias essenciais para mitigar os riscos metabólicos associados. |
Resumo em outra língua: | Excessive fructose intake, primarily in the form of high-fructose corn syrup (HFCS) added to ultra-processed foods such as sodas, industrial juices, and energy gels, although also present in whole fruits like apples, pears, and grapes, is associated with various metabolic diseases. These include insulin resistance, dyslipidemia, obesity, hepatic steatosis, and kidney complications. Fructose, a simple carbohydrate metabolized primarily in the liver, bypasses the regulatory mechanisms of glycolysis, promoting lipogenesis and visceral fat accumulation. Additionally, its excessive metabolism activates the sorbitol pathway, contributing to tissue damage in the kidneys, eyes, and nerves. This study is a narrative literature review conducted across PubMed and SciELO databases, using the descriptors: Fructose; Risk; Cardiovascular Diseases; Cataract; Dyslipidemias; Diabetes; Microbiota; Metabolic Diseases; e Kidney Diseases Searches employed the Boolean operator AND and combinations of terms such as AND Risk, cardiovascular Diseases, eye cataract, Dyslipidemias, Diabetes, Microbiota, e Metabolic Diseases Included were clinical trials, controlled studies, and meta-analyses published between 1998 and 2021 in English and Portuguese, focusing on non-diabetic adults. Results revealed that contemporary dietary patterns, characterized by high consumption of HFCS-rich industrialized products, are directly linked to increased daily fructose intake. Hypercaloric diets with over 10% of calories from added sugars exceeding World Health Organization (WHO) recommendations are associated with significant elevations in plasma triglyceride (TAG) levels, reduced HDL cholesterol, increased insulin resistance (measured by HOMA-IR index), and hyperuricemia. Analysis of products like isotonic drinks, energy gels, and industrial juices showed that many contain high fructose concentrations not explicitly declared on labels, hindering consumer awareness. Furthermore, studies such as Stanhope et al. (2015) and Johnson et al. (2018) demonstrated that chronic consumption of added fructose is linked to urinary alterations (e.g., urine acidification and increased oxalate excretion) and elevated cardiovascular risk markers like ApoB and ApoCIII. The review also emphasized the role of fiber in whole fruits, which mitigates the negative metabolic effects of fructose, contrasting with risks posed by its isolated consumption in processed products.In conclusion, public policies for transparent nutritional labeling regulations, combined with educational campaigns, are urgently needed to reduce excessive fructose consumption. Promoting dietary habits centered on unprocessed foods and regular physical activity are essential strategies to mitigate associated metabolic risks. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8474 |
Licença: | Este trabalho está sob uma licença Creative Commons BY-NC-ND 4.0 (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/?ref=chooser-v1). |
Aparece nas coleções: | Farmácia |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
MONOGRAFIA_RiscosConsumoExcesso.pdf | 1,23 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens na BDTCC estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.