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http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8212
Título: | Consumo de doces e ultraprocessados, disbiose e hiperpermeabilidade intestinal em usuários de polifarmácia : qual a relação? |
Autor(es): | Magalhães, Maria Teresa de Carvalho |
Orientador(es): | Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes Souza, Diovana Raspante de Oliveira |
Membros da banca: | Mauricio, Sílvia Fernandes Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes Souza, Diovana Raspante de Oliveira |
Palavras-chave: | Disbiose Consumo alimentar Permeabilidade intestinal Microbiota intestinal Polimedicação |
Data do documento: | 2025 |
Referência: | MAGALHÃES, Maria Teresa de Carvalho. Consumo de doces e ultraprocessados, disbiose e hiperpermeabilidade intestinal em usuários de polifarmácia: qual a relação?.2025. 58 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2025. |
Resumo: | A disbiose intestinal é um desequilíbrio na microbiota intestinal que pode agravar a hiperpermeabilidade intestinal. A alimentação exerce uma influência significativa sobre a microbiota: enquanto uma dieta rica em fibras, frutas, legumes e verduras promove sua saúde, o consumo excessivo de doces e alimentos ultraprocessados pode comprometê-la, aumentando a permeabilidade intestinal. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo investigar a associação entre o consumo alimentar e a presença de sinais e sintomas sugestivos de disbiose e hiperpermeabilidade intestinal em usuários de polifarmácia. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário eletrônico, disponibilizado via Google Forms®, e aplicado a adultos e idosos de ambos os sexos que faziam usuários de polifarmácia. Para a análise dos sinais e sintomas sugestivos de hiperpermeabilidade intestinal, utilizou-se um questionário validado. Os dados foram agrupados em duas categorias: "sem prioridade" (baixa/leve) e "com prioridade" (moderada/alta). O estado nutricional foi avaliado por meio do índice de massa corporal (IMC). Para a análise estatística, utilizou-se o software Stata 17.0. Foram aplicados os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher para verificar a associação entre variáveis categóricas, adotando-se um nível de significância de 5%. Para estimar as razões de chances, empregou-se a regressão logística simples de variável do consumo. Participaram do estudo 167 indivíduos, dos quais 76,65% eram mulheres com predominância de idosos, correspondendo a 38,92% da amostra. Quanto à classificação do IMC, observou-se maior prevalência de sobrepeso (65,27%). Em relação ao consumo alimentar, verificou-se que 94,01% dos participantes apresentavam consumo irregular de enlatados e embutidos e 64,07% consumo irregular de massas, doces e bebidas açucaradas. A associação entre consumo alimentar e prioridade para o tratamento da hiperpermeabilidade intestinal foi estatisticamente significativa para o consumo regular de doces, massas e refrigerantes (OR = 2,60; IC 95%: 1,0 – 6,78; p = 0,045) e para a quantidade de café consumida ≥ 100ml ou < 100ml (OR = 2,49; IC 95%: 1,09 – 5,72; p = 0,028). Embora o uso de dos anti-hipertensivos tenha sido mais prevalente na amostra analisada, apenas os anti-inflamatórios e analgésicos demonstraram associação significativa com prioridade para tratamento de hiperpermeabilidade intestinal (p = 0,000). Em conclusão, o presente estudo demonstrou uma associação entre o consumo de doces, bebidas açucaradas, massas, enlatados e embutidos e a ocorrência de disbiose e hiperpermeabilidade intestinal em indivíduos em uso de polifarmácia. |
Resumo em outra língua: | Intestinal dysbiosis is an imbalance in the intestinal microbiota that can aggravate intestinal hyperpermeability. Diet has a significant influence on the microbiota: while a diet rich in fiber, fruits, vegetables and greens promotes its health, excessive consumption of sweets and ultra- processed foods can compromise it, increasing intestinal permeability. The aim of this study was to investigate the association between food consumption and the presence of signs and symptoms suggestive of dysbiosis and intestinal hyperpermeability in polypharmacy users. Data was collected using an electronic questionnaire, made available via Google Forms®, and applied to adults and elderly people of both sexes who used polypharmacy. A validated questionnaire was used to analyze signs and symptoms suggestive of intestinal hyperpermeability. The data was grouped into two categories: “no priority” (low/mild) and “priority” (moderate/high). Nutritional status was assessed using the body mass index (BMI). Stata 17.0 software was used for the statistical analysis. The chi-square and Fisher's exact tests were applied to verify the association between categorical variables, adopting a significance level of 5%. Simple logistic regression of the consumption variable was used to estimate the odds ratios. A total of 167 individuals took part in the study, 76.65% of whom were women, with a predominance of elderly people, corresponding to 38.92% of the sample. As for BMI classification, there was a higher prevalence of overweight (65.27%). With regard to food consumption, 94.01% of the participants had irregular consumption of canned goods and sausages and 64.07% irregular consumption of pasta, sweets and sugary drinks. The association between food consumption and priority for treatment of intestinal hyperpermeability was statistically significant for regular consumption of sweets, pasta and soft drinks (OR = 2.60; 95% CI: 1.0 - 6.78; p = 0.045) and for the amount of coffee consumed ≥ 100ml or < 100ml (OR = 2.49; 95% CI: 1.09 - 5.72; p = 0.028). Although the use of antihypertensives was more prevalent in the sample analyzed, only anti-inflammatories and analgesics showed a significant association with priority for treating intestinal hyperpermeability (p = 0.000). In conclusion, this study showed an association between the consumption of sweets, sugary drinks, pasta, canned goods and sausages and the occurrence of dysbiosis and intestinal hyperpermeability in individuals using polypharmacy. |
URI: | http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/8212 |
Aparece nas coleções: | Nutrição |
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