Autoeficácia para adoção de práticas alimentares saudáveis e características socioeconômicas entre graduandos : estudo PADU-Covid..

Abstract

A ingestão de nutrientes por meio da alimentação é um pilar para a manutenção da saúde, entretanto, é fundamental considerar uma série de fatores interligados que moldam as práticas alimentares, ou seja, a escolha dos alimentos, suas combinações, formas de preparo e consumo. Um desses fatores é a autoeficácia: a confiança na própria capacidade de adotar e manter comportamentos saudáveis, que desempenha um papel crucial na promoção de práticas alimentares saudáveis. Dessa forma, esta pesquisa investigou a relação entre a autoeficácia na adoção de práticas alimentares saudáveis e as características socioeconômicas entre graduandos durante a pandemia de Covid-19. Trata-se de um estudo transversal com dados da linha de base do Projeto sobre Ansiedade e Depressão em Universitários, o PADU-Covid. Os dados foram coletados entre julho e agosto de 2020 e obtidos por meio de um questionário online autoaplicado, enviado por e-mail. Utilizou-se variáveis sociodemográficas e as relativas a autoeficácia nas práticas alimentares. Realizou-se análises descritivas e aplicou-se o teste qui-quadrado. Participaram do estudo 1.350 graduandos, e observou-se presença da alta autoeficácia alimentar entre a maioria dos entrevistados (55%), que acreditam em sua capacidade de manter práticas alimentares saudáveis ainda que com as especificidades de sua rotina pessoal e acadêmica. Dentre as variáveis sociais e econômicas estudadas, observou-se relação entre a autoeficácia com idade (p < 0,001), orientação sexual (p = 0,04), estado civil (p= 0,003) e crença religiosa (p = 0,40). As características socioeconômicas podem relacionar com a autoeficácia dos graduandos, sendo importante ações e políticas que promovam condições de vida e que possivelmente impactaram no desempenho acadêmico na universidade.