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Título: Estudos petrográficos e geoquímicos para compreensão da influência do grau de decomposição dos restos esqueléticos de focas na geração de novos solos na ilha James Ross, Antártica.
Autor(es): Maia, Lara Guilherme
Orientador(es): Leite, Mariangela Garcia Praça
Oliveira, Fábio Soares de
Membros da banca: Oliveira, Fábio Soares de
Leão, Lucas Pereira
Costa, Flávia Compassi da
Palavras-chave: Antártica - península
Biodegradação - fosfatização
Focas
Data do documento: 2023
Referência: MAIA, Lara Guilherme. Estudos petrográficos e geoquímicos para compreensão da influência do grau de decomposição dos restos esqueléticos de focas na geração de novos solos na ilha James Ross, Antártica. 2023. 42. Monografia (Graduação em Engenharia Geológica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: A Ilha James Ross, sob um clima semiárido e continental polar, enfrenta desafios para o desenvolvimento de solos e flora devido à ausência de pinguins e aves marinhas. No entanto, a morte e decomposição de focas revelam um papel significativo no processo de intemperismo químico, resultando na formação de "soil pockets". Comparativamente, às focas apresentam uma escala menor de fosfatização em relação aos solos afetados por aves marinhas e pinguins. A análise detalhada destaca que as focas têm um impacto reduzido nos processos de pedogênese, especialmente na fosfatização, com concentrações de fósforo consideravelmente menores. A decomposição das focas, embora em menor escala, contribui para mudanças físico-químicas no solo, aumentando a disponibilidade de fósforo e acidez, de acordo com o grau de decomposição da foca. Focas com maiores graus de decomposição têm maiores concentrações de P no solo, se comparada a focas mumificadas ou no início da decomposição. A presença e forma do fósforo no solo foram confirmadas por análises químicas e micromorfológicas, revelando uma origem orgânica do fósforo, principalmente da hidroxiapatita presente nos ossos das focas em decomposição. Os impactos ambientais desse processo são notáveis, promovendo o desenvolvimento de musgos e líquens nas proximidades das carcaças de focas. A fosfatização do solo, resultante da decomposição dos ossos, cria um ambiente propício para a colonização biológica, gerando um sistema de feedback entre a disponibilidade de fósforo, a vegetação e a decomposição. Em conclusão, a decomposição de focas na Ilha James Ross desempenha um papel crucial no intemperismo químico e na formação de solos distintos. O resumo da análise estatística comparativa destaca que, embora em menor escala, se comparado a aves marinhas e pinguins, o aumento potencial desses processos devido às mudanças climáticas globais sugere a importância contínua desse fenômeno no contexto da ecologia antártica e mostra também que os estágios de decomposição das focas é uma questão importante nesse processo. Pesquisas adicionais são necessárias para compreender totalmente as origens do fósforo liberado e os impactos a longo prazo no ecossistema local.
Resumo em outra língua: James Ross Island, with a semi-arid and polar continental climate, experiences challenges in soil and flora development due to the lack of penguins and seabirds. However, the death and decomposition of seals reveals a significant role in the process of chemical weathering, resulting in the formation of soil pockets. Comparatively, seals show a smaller scale of phosphating compared to soils affected by seabirds and penguins. In depth analysis highlights that seals have a reduced impact on pedogenesis processes, especially phosphating, with considerably lower phosphorus concentrations. Seal decomposition, although on a smaller scale, contributes to physicochemical changes in the soil, increasing the availability of phosphorus and acidity, depending on the degree of seal decomposition. Seals with greater degrees of decomposition have higher concentrations of phosphorus in the soil, compared to seals that are mummified or in the beginning of decomposition. The presence and form of phosphorus in the soil were confirmed by chemical and micromorphological analyses, revealing an organic origin of phosphorus, mainly from hydroxyapatite present in the bones of decomposing seals. The environmental impacts of this process are notable, promoting the development of mosses and lichens near seal carcasses. Soil phosphating, resulting from bone decomposition, creates an environment conducive to biological colonization, generating a feedback system between phosphorus availability, vegetation and decomposition. In conclusion, seal decomposition on James Ross Island plays a crucial role in chemical weathering and the formation of distinctive soils. The summary of the comparative statistical analysis highlights that, although on a smaller scale compared to seabirds and penguins, the potential increase in these processes due to global climate change suggests the continued importance of this phenomenon in the context of Antarctic ecology and also shows that the stages of Seal decomposition is an important issue in this process. Additional research is needed to fully understand the origins of the released phosphorus and the long-term impacts on the local ecosystem.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6495
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