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Título: Quantas vezes se pode matar uma mulher morta? : mulheres com deficiência e a cobertura jornalística sobre seus feminicídios.
Autor(es): Ferreira, Lívia Kelly Labanca
Orientador(es): Barbosa, Karina Gomes
Membros da banca: Pessoa, Sonia Caldas
Mendonça, Felipe Viero Kolinski Machado
Barbosa, Karina Gomes
Palavras-chave: Discriminação contra as pessoas com deficiência
Feminicídio
Identidade de gênero
Minorias - cobertura jornalística
Mulheres com deficiência
Data do documento: 2023
Referência: FERREIRA, Lívia Kelly Labanca. Quantas vezes se pode matar uma mulher morta?: mulheres com deficiência e a cobertura jornalística sobre seus feminicídios. 2023. 77 f. Monografia (Graduação em Jornalismo) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2023.
Resumo: Através da análise dos casos de feminicídio de Helen da Silva Araújo, Margarida Ferreira Muniz Medeiros, Raimunda de Souza Santana, Thalia Ferraz e Viviane Silva, busca-se entender como as histórias dessas mulheres são retratadas pela mídia. De modo a entender como o fato de serem mulheres com deficiência interfere na forma como elas são mostradas, assim como comparar a diferença no tratamento recebido entre elas quanto a raça, região, idade e até mesmo quanto ao tipo da deficiência de cada uma. Através da metodologia de Análise de cobertura jornalística proposta por Gislene Silva e Flávia Dourado, é desenvolvido um instrumento de pesquisa que estuda 4 notícias de cada uma dessas mulheres, totalizando 20 matérias. Como resultados foram identificados aspectos de uma produção de cunho machista e capacitista em grande parte das notícias, com uma apuração fraca que não investiga para além do boletim de ocorrência, e não se preocupa em mostrar quem elas eram para além de mulheres com deficiência que foram mortas. O termo feminicídio só foi usado para nomear a morte das vítimas em 6 das 20 matérias analisadas, e em 13 delas foram usados termos capacitistas para se referir a essas mulheres. Ademais, apenas duas notícias citaram leis com perspectiva de gênero, mas isso só aconteceu porque o texto incluía informações sobre outras vítimas sem deficiência, e em nenhum momento da análise foi encontrada qualquer menção às leis voltadas para defesa dos direitos das pessoas com deficiência, embora saiba-se que o feminicídio de mulheres com deficiência gere um aumento na pena.
Resumo em outra língua: Through the analysis of the femicide cases of Helen da Silva Araújo, Margarida Ferreira Muniz Medeiros, Raimunda de Souza Santana, Thalia Ferraz and Viviane Silva, we seek to understand how the stories of these women are portrayed by the media. In order to understand how the fact that they are women with disabilities interferes in the way they are shown, as well as comparing the difference in the treatment received between them in terms of race, region, age and even the type of disability each one has. Through the journalistic coverage analysis methodology proposed by Gislene Silva and Flávia Dourado, a research instrument is developed that studies 4 news stories from each of these women, totaling 20 subjects. As a result, aspects of a sexist and ableist production were identified in a large part of the news, with a weak investigation that does not investigate beyond the police report, and is not concerned with showing who they were beyond women with disabilities who were dead. The term femicide was only used to name the victims' deaths in 6 of the 20 pieces of evidence, and in 13 of them ableist terms were used to refer to these women. Furthermore, only two news articles cited laws with a gender perspective, but this only happened because the text included information about other victims without disabilities, and at no point in the analysis was any mention found of external laws to defend the rights of people with disabilities, although It is known that the femicide of women with disabilities generates an increase in the sentence.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/6349
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