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Título: Avaliação da associação entre os níveis séricos de ácido úrico, hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular.
Autor(es): Soares, Luciana Bicalho Moreira
Orientador(es): Silva, Glenda Nicioli da
Agostini, Lívia da Cunha
Membros da banca: Silva, Glenda Nicioli da
Agostini, Lívia da Cunha
Paula, Waléria de
Almeida, Tamires Cunha
Palavras-chave: Fatores de risco de doenças cardíacas
Hiperuricemia
Hipertensão
Ácido úrico
Data do documento: 2023
Referência: SOARES, Luciana Bicalho Moreira. Avaliação da associação entre os níveis séricos de ácido úrico, hipertensão arterial e outros fatores de risco cardiovascular. 2023. 48 f. Monografia (Graduação em Farmácia) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: A hipertensão arterial tem alta prevalência em todo o mundo, assim, cada vez mais, estudos são realizados para melhor entender essa doença e os fatores de risco relacionados. A hiperuricemia vem, há vários anos, sendo associada ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. Contudo, a causalidade entre o aumento das concentrações séricas de ácido úrico e a hipertensão arterial ainda não está bem estabelecida. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis séricos de ácido úrico em adultos e determinar a sua associação com a hipertensão arterial e com outros fatores de risco cardiovascular, através de um estudo de caso controle. Para isto, foram selecionados 157 participantes , sendo 67 hipertensos, 23 pré-hipertensos e 67 normotensos. As análises incluíram entrevista, dosagem de ácido úrico e glicose, avaliação do perfil lipídico, aferição da pressão arterial e medidas antropométricas. Para análise dos dados, os participantes foram categorizados em quartis, de acordo com seus níveis de ácido úrico. Os resultados deste trabalho mostraram um aumento das concentrações séricas de ácido úrico no grupo de hipertensos (5,9 ± 1,6 mg/dL), quando comparado com aqueles com a pressão arterial normal (4,9 ± 1,3 mg/dL) (p=0,004). Além disso, foi encontrada frequência significativamente superior de hiperuricemia nos participantes hipertensos (38,8%) em comparação àqueles com pressão arterial normal (12%, p<0,001). Também foi observado que os participantes hipertensos com a concentração de ácido úrico superior a 6,3 mg/dL tiveram uma chance aumentada de hipertensão em 4,77 vezes (p=0,003), enquanto aqueles com níveis de ácido úrico entre 4,4 e 5,3 mg/dL apresentaram uma chance 3,17 vezes mais elevada, ambos em comparação aos que foram identificados com níveis mais baixos (≤ 4,3 mg/dL) (p=0,024). Os participantes alocados no primeiro quartil de ácido úrico apresentaram ainda maiores concentrações de HDL e menores valores da circunferência de cintura e dos índices de massa corporal, de adiposidade visceral e do produto de acumulação lipídica do que os participantes classificados nos quartis dois, três e quatro (p<0,05). Os dados deste trabalho mostraram uma associação entre níveis mais elevados de ácido úrico e a hipertensão arterial, bem como com outros fatores de risco cardiovascular. Considerando a simplicidade e o baixo custo da dosagem de ácido úrico, este pode se tornar um marcador interessante para a avaliação da hipertensão arterial.
Resumo em outra língua: Arterial hypertension has a high prevalence worldwide, so more and more studies are being conducted to better understand this disease and the related risk factors. Hyperuricemia has been associated for several years with an increased risk of developing cardiovascular and metabolic diseases. However, the causality between increased serum uric acid concentrations and arterial hypertension is still not well established. Thus, the objective of this study was to evaluate serum levels of uric acid in adults and determine its association with arterial hypertension and other cardiovascular risk factors, through a case-control study.. For this, 157 participants were selected, 67 hypertensive, 23 pre-hypertensive and 67 normotensive. Analyzes included interview, uric acid and glucose measurements, lipid profile assessment, blood pressure measurement and anthropometric measurements. For data analysis, participants were categorized into quartiles according to their uric acid levels. The results of this study showed an increase in serum concentrations of uric acid in the hypertensive group (5.9 ± 1.6 mg/dL), when compared with those with normal blood pressure (4.9 ± 1.3 mg/dL ) (p=0.004). Furthermore, a significantly higher frequency of hyperuricemia was found in hypertensive participants (38.8%) compared to those with normal blood pressure (12%, p<0.05). It was also observed that hypertensive participants with uric acid concentration greater than 6.3 mg/dL had a 4.77-fold increased chance of hypertension (p=0.003), while those with uric acid levels between 4.4 and 5.3 mg/dL had a 3.17 times higher chance, both compared to those identified with lower levels (≤ 4.3 mg/dL) (p=0.024). Participants allocated in the first quartile of uric acid had even higher concentrations of HDL and lower values of waist circumference and body mass indices, visceral adiposity and lipid accumulation product than participants classified in quartiles two, three and four (p<0.05). Data from this work showed an association between higher uric acid levels and arterial hypertension, as well as with other cardiovascular risk factors. Considering the simplicity and low cost of measuring uric acid, it may become an interesting marker for the assessment of arterial hypertension.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5797
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