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Título: Ambiente alimentar percebido e insegurança alimentar no domicílio de estudantes de escolas públicas durante a pandemia da Covid-19.
Autor(es): Cordeiro, Matheus Santos
Orientador(es): Menezes, Mariana Carvalho de
Justiniano, Irene Carolina Sousa
Membros da banca: Menezes, Mariana Carvalho de
Reis, Erika Cardoso dos
Rodrigues, Érica Costa
Justiniano, Irene Carolina Sousa
Palavras-chave: Ambiente alimentar
Alimentação
Segurança alimentar e nutricional
Covid-19
Acesso a alimentos saudáveis
Saúde Pública
Data do documento: 2023
Referência: CORDEIRO, Matheus Santos. Ambiente alimentar percebido e insegurança alimentar no domicílio de estudantes de escolas públicas durante a pandemia da Covid-19. 2023. 98 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2023.
Resumo: Com a pandemia da covid-19, as medidas de restrição social visando conter a propagação viral tiveram grande impacto na vida da população, afetando inclusive o acesso das famílias a alimentos. Este estudo buscou avaliar a percepção do ambiente alimentar e a prevalência de insegurança alimentar no domicílio dos alunos durante a suspensão das aulas em escolas públicas. Trata-se de um estudo transversal com dados de um inquérito telefônico (n = 475) com os adultos responsáveis pela compra de alimentos nas residências de uma amostra representativa de alunos das escolas públicas de dois municípios brasileiros de março a maio de 2021. As variáveis principais consistiram na renda familiar e na situação de insegurança alimentar, avaliada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. O ambiente alimentar foi avaliado através de um questionário com afirmativas sobre a percepção do acesso à frutas e hortaliças e alimentos ultraprocessados a partir da escala Likert. Foram realizadas análises descritivas com prevalências (%) e intervalos de confiança 95% (ICs) para os fatores sociodemográficos, relacionados à percepção do ambiente alimentar e as variáveis principais. A prevalência total de insegurança alimentar foi de 69,7%, sendo 55,2% de insegurança alimentar leve, 10,1% moderada e 4,4% grave. A maioria dos domicílios avaliados demonstrar possuir uma percepção positiva quanto à facilidade de aquisição (64,0%), quanto à qualidade (67,6%) e a variedade de venda (57,9%) de frutas e vegetais na vizinhança, contudo, 73,1% discordam que frutas e vegetais são baratos, sendo esta prevalência maior em domicílios com insegurança alimentar e com menor renda. Em contrapartida, a maioria concorda que é fácil comprar alimentos ultraprocessados (85,9%) e que estes estão presentes em grande variedade (78,9%) na vizinhança. Conjuntamente com a elevada prevalência de insegurança alimentar observada, o ambiente alimentar no qual as famílias estão inseridas complexifica o acesso a alimentos saudáveis, ao mesmo tempo que, se encontra abundante em alimentos ultraprocessados, dificultando assim o acesso a alimentos básicos. Nesse sentido, é fundamental o fortalecimento de políticas públicas que conjuntamente promovam um sistema alimentar saudável como estratégia para a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional.
Resumo em outra língua: With the Covid-19 pandemic, social restriction measures aimed at containing the viral spread had a great impact on the lives of the population, even affecting families’ access to food. This study analyzed the perceived food environment and the prevalence of food insecurity in students' homes during the suspension of classes in public schools. This is a cross-sectional study with data from a telephone survey (n = 475) with adults responsible for purchasing food in the homes of a representative sample of students from public schools in two Brazilian municipalities from March to May 2021. The main variables consisted of family income and food insecurity, assessed by means of the Brazilian Food Insecurity Scale.. The food environment was assessed using a questionnaire with statements about the perception of access to fruits and vegetables and ultra-processed foods based on the Likert scale. Descriptive analysis were performed with prevalence (%) and 95% confidence intervals (CIs) for sociodemographic factors related to the perception of the food environment and the main variables. The total prevalence of food insecurity was 69.7%, with 55.2% mild food insecurity, 10.1% moderate food insecurity and 4.4% severe food insecurity. Most of the evaluated households demonstrate a good perception regarding the ease of acquisition (64.0%), the quality (67.6%) and the variety of fruits and vegetables sold in the neighborhood (57.9%), however, 73.1% disagree that fruits and vegetables are cheap, with this prevalence being higher in households with food insecurity and lower income. On the other hand, most respondents agreed that it is easy to buy ultra processed foods (85.9%) and that it were present in a wide variety in the neighborhood (78.9%). Associated with the high prevalence of food insecurity observed, the food environment in which families are inserted complicates access to healthy foods, while at the same time it is abundant in ultra-processed foods, thus making access to basic foods more difficult. In this sense, it is essential to strengthen public policies that jointly promote a healthy food system as a strategy to guarantee food security.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5624
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