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Título: Estudos de novos indicadores para avaliação do risco de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva.
Autor(es): Faria, Carolina Míriam Silva Lima
Orientador(es): Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino
Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de
Membros da banca: Carraro, Julia Cristina Cardoso
Mauricio, Silvia Fernandes
Ribeiro, Silvana Mara Luz Turbino
Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de
Palavras-chave: Lesão por pressão
Fatores de risco
Unidade de terapia intensiva
Data do documento: 2022
Referência: FARIA, Carolina Míriam Silva Lima. Estudos de novos indicadores para avaliação do risco de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva. 2022. 61 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Introdução: As lesões por pressão (LPPs), definidas como danos na pele, tecidos subjacentes ou ambos, que se originam a partir de uma pressão prolongada no local, geralmente em uma proeminência óssea, desafiam os profissionais de saúde, pois mesmo sendo evitáveis, existe um grande número de casos na prática clínica. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um ambiente em que complicações, como seu surgimento, são frequentes. Diversos autores vêm propondo instrumentos de medidas, ou escalas para avaliação do risco para o surgimento da LPP, sendo a Escala de Braden (EB) a mais empregada mundialmente. Ela apresenta seis subdomínios de avaliação, como: percepção sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutrição, fricção e força de cisalhamento. Apesar de seu amplo espectro de utilização, a avaliação do risco de LPP pela EB é feita de forma subjetiva, tornando-se um instrumento passível de falhas humanas. Objetivos: Diante disso, o presente estudo tem como objetivo analisar, através dos dados coletados nos prontuários dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva da Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, indicadores objetivos para avaliação do risco de LPP. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo e exploratório, com abordagem quantitativa, utilizando dados de prontuários dos pacientes hospitalizados na UTI da Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, no período de 1 de janeiro de 2018 a 31 de agosto de 2019. Para a caracterização da amostra, foi realizada a análise de qui quadrado de Pearson, e apresentados como frequência absoluta e relativa (%). Para criar a nova escala de risco de desenvolver LPP foi realizada uma medida de associação (V de Cramer) entre as variáveis explicativas (idade, sexo, diabetes, estado nutricional, tipo de suporte nutricional, ventilação mecânica, sedação, tempo de hospitalização) e o desfecho (ocorrência da lesão por pressão). O V de Cramer é uma medida de associação cujo resultado varia de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 maior é a associação. Portanto, para criar um escore de risco para desenvolver a LPP, cada variável recebeu uma pontuação, atribuída de acordo com essa medida de associação. Desse modo, as variáveis de risco que obtiveram valores < 0,1 associação receberam pontuação 0; as que tiveram valores de 0,1 a 0,3 receberam 1 ponto; de 0,3 a 0,5 receberam 2 pontos; e de 0,5 a 0,9 receberam 3 pontos. A pontuação destas variáveis foram somadas, gerando uma a escala de risco de desenvolver a LPP, a pontuação variou de 0 a 10 pontos, sendo que quanto maior a pontuação, maior era o risco de desenvolver a LPP. Dessa forma, foi possível propor uma nova escala que avaliasse o risco de lesão por pressão, de forma objetiva. Resultados: Foram avaliados 105 prontuários de pacientes, a maioria do sexo masculino (60%), e idosos (66,7%). Durante o período de avaliação, 35,2% dos indivíduos apresentaram LPP. Na análise do poder discriminatório, verificou-se que o ponto de corte 5 da nova escala, apresentou o melhor resultado preditivo, pois apresentou maior sensibilidade (89,2%), especificidade (63,2%) e área sob a curva ROC - curva Característica de Operação do Receptor (0,762). Conclusão: Portanto, considerando que a LPP desafia os profissionais de saúde, devido ao elevado número de casos, e que a utilização das escalas direcionam para as condutas preventivas, propor indicadores mais objetivos para compor uma nova escala, auxiliará na eficácia e praticidade do processo de avaliação para o risco do surgimento desse tipo de lesão, principalmente para os pacientes de terapia intensiva, que estão mais propícios ao surgimento e agravamento dessas lesões.
Resumo em outra língua: Introduction: Pressure injuries (PPL), defined as damage to the skin, underlying tissues or both, which originate from prolonged pressure on the site, usually on a bony prominence, challenge health professionals, because even though they are preventable, there is a great number of cases in clinical practice. The Intensive Care Unit (ICU) is an environment where complications, such as their emergence, are frequent. Several authors have proposed measuring instruments, or scales, to assess the risk for the onset of PI, with the Braden Scale (BE) being the most used worldwide. It presents six evaluation subdomains, such as: sensorial perception, humidity, activity, mobility, nutrition, friction and shear force. Despite its wide spectrum of use, the assessment of the risk of PI due to EB is done subjectively, making it an instrument subject to human error. Objectives: Therefore, this study aims to analyze, through data collected from the medical records of patients admitted to the Intensive Care Unit of Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, objective indicators for assessing the risk of PI. Methodology: This is a retrospective and exploratory study, with a quantitative approach, using data from the medical records of patients admitted to the ICU of Santa Casa da Misericórdia de Ouro Preto, from January 1, 2018 to August 31, 2019. characterization of the sample, Pearson's chi-square analysis was performed, presented as absolute and relative frequency (%). explanatory variables (age, sex, diabetes, nutritional status, type of nutritional support, mechanical ventilation, sedation, length of stay) and the outcome (occurrence of pressure injury). Cramer's V is a measure of association whose result varies from 0 to 1, the closer to 1 the greater the association. Therefore, to create a risk score for developing PI, each variable received a score, assigned according to this measure of association. Thus, the risk variables that were associated with values < 0.1 received a score of 0; those with values between 0.1 and 0.3 received 1 point; from 0.3 to 0.5 received 2 points; and from 0.5 to 0.9 they received 3 points. The scores of these variables were added, generating a risk scale for developing PI, the score ranged from 0 to 10 points, and the higher the score, the greater the risk of developing PI. Thus, it was possible to propose a new scale to objectively assess the risk of pressure ulcers. Results: 105 medical records of patients were evaluated, most of whom were male (60%) and elderly (66.7%). During the evaluation period, 35.2% of the individuals presented PI. In the analysis of the discriminatory power, it was verified that the cutoff point 5 of the new scale, presented the best predictive result, since it presented greater sensitivity (89.2%), specificity (63.2%) and area under the ROC curve. Receiver operating characteristic curve (0.762). Conclusion: Therefore, considering that the IP challenges health professionals, due to the high number of cases, and that the use of scales directs to preventive conducts, proposing more objective indicators to compose a new scale, will help in the effectiveness and practicality of the evaluation of the process for the risk of developing this type of injury, especially for intensive care patients, who are more prone to the appearance and aggravation of these injuries.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/5117
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