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Título: Relação da perda de peso e da alimentação com a hipertensão arterial sistêmica em pacientes com sobrepeso/obesidade atendidos em ambulatório de nutrição.
Autor(es): Santos, Tatiane Maria dos
Orientador(es): Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Silva, Ana Flávia Martins
Membros da banca: Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Silva, Ana Flávia Martins
Sírio, Marília Alfenas de Oliveira
Sabião, Thais da Silva
Palavras-chave: Obesidade
Hipertensão arterial sistêmica
Perda de peso
Risco cardiovascular
Intervenção nutricional
Data do documento: 2021
Referência: SANTOS, Tatiane Maria dos. Relação da perda de peso e da alimentação com a hipertensão arterial sistêmica em pacientes com sobrepeso/obesidade atendidos em ambulatório de nutrição. 2021. 73 f. (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2021.
Resumo: A hipertensão arterial (HAS) é uma doença crônica não transmissível, multifatorial, dependente de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais, definida pela alteração dos níveis pressóricos e caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (≥ 140/90 mmHg). Sua evolução causa alterações estruturais e funcionais nos órgãos alvo aumentando o risco para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Os principais fatores de risco são: genética, idade, sexo, escolaridade, condição socioeconômica, ingestão alimentar, uso de álcool e tabaco, sedentarismo e principalmente a obesidade. A contenção e diminuição do peso, associada a uma alimentação equilibrada e com baixos níveis de sódio, levam à redução dos níveis pressóricos. Desta forma, o estudo teve por objetivo avaliar a efetividade da intervenção nutricional na perda de peso e no controle pressórico de indivíduos adultos e idosos com sobrepeso/obesidade e a relação da ingestão alimentar com estes resultados. Trata- se de um estudo transversal, realizado no ambulatório de Nutrição da Universidade Federal de Ouro Preto, com 84 indivíduos portadores de sobrepeso ou obesidade, que tiveram acompanhamento nutricional por um período de dois a seis meses. Foram obtidos dados antropométricos, como peso, estatura, perímetro da cintura (PC), quadril (PQ) e pregas cutâneas, para cálculo do índice de massa corporal (IMC), relação cintura-quadril (RCQ) e percentual de gordura corporal (%GC), respectivamente; exames bioquímicos (glicemia de jejum, hemoglobina glicada, colesterol total e frações e triglicérides), níveis pressóricos (pressão arterial sistólica – PAS e diastólica - PAD) para avaliar a presença de HAS; dados de ingestão alimentar (R24h) para quantificação da ingestão total de calorias, sódio, potássio, zinco, colesterol, gordura saturada e teor de fibras; além de outros parâmetros como idade, estado civil, grau de escolaridade, comorbidades (presença de diabetes e HAS) e estilo de vida (uso de álcool e tabaco e prática de atividade física). Os dados foram avaliados pelo programa estatístico SPSS 20.0. Os indivíduos foram categorizados pela presença ou não de HAS classificada de acordo com os valores de PAS e PAD. Eles possuíam mediana de idade de 24 anos, com intervalo interquartil (IIQ) entre 20 – 62 anos, com predominância do sexo feminino (86,9%), ensino superior (88,5%), solteiros (64,4%) e obesos (52,4%). Observou-se presença de HAS em 8,3% da população estudada. Observou-se a relação da baixa escolaridade (p=0,0018) e de pessoas casadas (p=0,014) com a HAS; também houve relação da idade, PC, RCQ e %GC com a presença de HAS. A intervenção levou à diminuição dos parâmetros antropométricos, sendo mais expressiva no %GC, indicando a eficácia do tratamento. Entretanto, essa redução na antropometria não apresentou correlação significativa com a redução dos níveis pressóricos. Quanto à ingestão alimentar, observou-se correlação negativa fraca, apenas entre o colesterol alimentar e os níveis pressóricos. Pode-se concluir que houve uma baixa prevalência de HAS no público estudado, que pode ser explicada pela faixa etária majoritariamente composta por adultos jovens. Entretanto observou-se uma relação entre a obesidade e hipertensão, através da avaliação pelos parâmetros antropométricos, sendo evidenciado em pessoas casadas, com baixo grau de instrução e com maior idade. A intervenção nutricional, embora eficaz para a perda de peso, não foi eficaz para redução dos níveis pressóricos, que pode ser explicado pelo fato de a grande maioria ser normotensa no início da intervenção.
Resumo em outra língua: Hypertension (HBP) is a chronic non-communicable disease, multifactorial, dependent on genetic/epigenetic, environmental and social factors, defined by changes in blood pressure and characterized by persistent elevation of blood pressure (≥ 140/90 mmHg). Its evolution causes structural and functional changes in target organs, being a high-risk factor for the development of cardiovascular diseases. The main risk factors are: genetics, age, sex, education, socioeconomic status, food intake, alcohol and tobacco use, sedentary lifestyle and, especially, obesity. The management of weight, associated with a balanced diet and with low levels of sodium, leads to a reduction in blood pressure levels. Thus, the study aimed to evaluate the effectiveness of nutritional intervention on weight loss and blood pressure control in overweight/obese adults and elderly individuals, and the relation of food intake with these results. A cross-sectional study was carried out with 84 overweight or obese individuals who had nutritional follow-up for two to six months. Anthropometric data (weight, height, waist circumference-WC, hip and skin folds) were obtained to calculate the body mass index (BMI), waist-hip ratio (WHR) and percentage of body fat (%BF), respectively; biochemical tests (fasting glucose, glycated hemoglobin, total cholesterol and fractions and triglycerides), blood pressure levels (systolic – SBP and diastolic - DBP) to assess the presence of HBP; food intake (R24h) to quantify total caloric intake, sodium, potassium, zinc, cholesterol, saturated fat and fiber content; in addition to other parameters such as age, marital status, level of education, comorbidities (presence of diabetes and HBP) and lifestyle (use of alcohol and tobacco and practice of physical activity), were also collected. The data were evaluated using the SPSS 20.0 statistical program. Individuals were categorized by the presence of HBP by SBP and DBP values. They had a median age of 24 years (20-62), with a predominance of females (86.9%), higher education (88.5%), single (64.4%) and obese (52.4%). The presence of HBP was observed in 8.3% of the population studied. The relation of low education (p=0.0018) and married people (p=0.014) with HBP was observed; there was also a relation between age, WC, WHR and %BF with the presence of HBP. It was also observed that the intervention led to a decrease in anthropometric parameters, being more expressive in %BF, indicating the efficacy of the nutritional intervention. However, this reduction was not correlated with blood pressure reduction. Concerning nutrients intake, a negative and weak correlation was observed only between dietary cholesterol and blood pressure levels. It can be concluded that there is a low prevalence of HBP in the studied population, which can be explained by the age of the population, mostly composed of young adults. In addition, there was a relation between obesity and HBP, as evidenced by the anthropometric parameters. The nutritional intervention, although effective in weight loss, was not effective in reducing blood pressure levels, that could be explained by the fact that the vast majority were normotensive at the beginning of the follow up.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4839
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