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Título: Análise de falha em abraçadeira de aço para aplicação automotiva.
Autor(es): Velasco, Carlos Leonardo de Oliveira
Orientador(es): Godefroid, Leonardo Barbosa
Membros da banca: Faria, Geraldo Lúcio de
Porcaro, Rodrigo Rangel
Godefroid, Leonardo Barbosa
Palavras-chave: Ferragens - abraçadeira tipo mola
Deformações - mecânica - Análise de falha
Aço - corrosão - corrosão sob tensão
Data do documento: 2022
Referência: VELASCO, Carlos Leonardo de Oliveira. Análise de falha em abraçadeira de aço para aplicação automotiva. 2022. 38 f. Monografia (Graduação em Engenharia Metalúrgica) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Em nossa vida cotidiana utilizamos uma infinidade de ferramentas, equipamentos e produtos, grande parte desses produtos são produzidos a partir de materiais metálicos. A indústria automotiva utiliza uma infinidade de componentes metálicos, Modi e Vadhavkar (2019) estimam que 58% do peso de um veículo é proveniente do ferro ou aço. Essas peças são suscetíveis a falhas com diferentes de causas. Sabemos que as falhas podem ocasionar acidentes responsáveis por grandes prejuízos, como danos à natureza, prejuízos financeiros e até mesmo a perda de vidas. Assim, a ocorrência de um acidente exige que suas causas sejam determinadas, tanto para evitar novos acidentes, quanto para determinar as eventuais responsabilidades civis e criminais. Nesse trabalho procuramos esclarecer as causas raízes da falha em abraçadeiras utilizadas em mangueiras automotivas. As falhas ocorreram durante o controle de qualidade em ensaio de corrosão sob tensão (CST). As abraçadeiras são produzidas com o aço SAE 6150, correspondente ao aço DIN 53CrV4, um aço ligado ao cromo e vanádio. A produção das abraçadeiras utiliza chapas de aço laminados a quente que são estampados e tratados termicamente por austêmpera. O trabalho utilizou duas chapas de aço SAE 6150 laminados a quente com diferentes espessuras (4,0mm e 5,5mm), ambas utilizadas na produção das abraçadeiras. Também utilizou uma abraçadeira que não rompeu ao ser submetida a ensaio de CST e outras duas abraçadeiras que romperam no mesmo ensaio. As chapas de aço tiveram sua composição química determinada por espectrometria de emissão óptica, suas propriedades mecânicas determinadas em ensaio de tração uniaxial e ensaio de dureza, além da sua microestrutura analisada por microscopia óptica (MO). As fraturas das abraçadeiras rompidas foram examinadas por inspeção visual e por microscopia eletrônica de varredura (MEV). As abraçadeiras, rompidas e não rompidas, foram analisadas por espectrometria de emissão óptica para determinar sua composição química, também foram submetidas à ensaio de dureza e analisadas por microscopia óptica. Os Diagramas de Temperatura Tempo e Transformação (TTT) foram determinados para o aço utilizando corpos de prova produzidos a partir das duas chapas de aço, de espessuras diferentes, por meio de ensaios de dilatometria. Corpos de prova (CPs) utilizados para o ensaio de dilatometria em três temperaturas distintas (680ºC, 400ºC e inferior a 260ºC) foram caracterizados quanto a sua microestrutura utilizando MO. A presença de concentrador de tensão na geometria da abraçadeira, e as tensões máximas, foram determinadas utilizando simulação numérica pelo método dos elementos finitos (MEF), fazendo uso de malha com maior refinamento na região de concentração de tensão. O MEF foi utilizado para determinar os parâmetros necessários para reproduzir as mesmas tensões máximas nos CPs utilizados no ensaio de CST. Os CPs foram confeccionados a partir da chapa de aço de 4,0mm, foram submetidos à dobramento e austemperados em duas isotermas (300ºC e 400ºC). Aos CPs foram aplicadas tensão máximas correspondentes ao aplicado nas abraçadeiras, para o mesmo ensaio, e foram submersos em solução ácida para execução do ensaio de CST. Das análises realizadas conclui-se que as composições químicas das chapas e das abraçadeiras precisam ser mais bem controladas. As abraçadeiras rompidas possuem uma microestrutura de bainita mais grosseira, com tendência de formação de martensita, e se assemelham aos CPs austemperados a 300ºC (que também romperam no ensaio de CST). Já a abraçadeira não rompida possui uma microestrutura de bainita refinada, semelhante aos CPs austemperados a 400ºC (que também resistiram ao ensaio de CST sem romper). Dos resultados obtidos é possível concluir que a causa raiz das falhas das abraçadeiras analisadas foi a realização do tratamento térmico em temperatura muito próxima à temperatura de transformação da martensita.
Resumo em outra língua: In our everyday life we use many tools, equipment, and products, most of these products are produced from metallic materials. The automotive industry uses several metallic components, Modi and Vadhavkar (2019) estimate that 58% of the weight of a vehicle comes from iron or steel. These parts are susceptible to failures with different causes. We know that failures can cause accidents responsible for major damage, such as damage to nature, financial damage and even loss of life. However, the occurrence of an accident requires that its causes be determined, both to avoid new accidents, and to determine any civil and criminal responsibilities. In this work we try to clarify the root causes of the failure in clamps used in automotive hoses. Failures occurred during quality control in stress corrosion test (SCT). The clamps are produced with SAE 6150 steel, corresponding to DIN 53CrV4 steel, a chrome-vanadium steel. The production of clamps uses hot rolled steel plates that are cupping and heat treated by austempering. This work used two SAE 6150 hot rolled steel plates with different thicknesses (4.0mm and 5.5mm), both used in the production of spring clamps. It also used a clamp that did not break when submitted to SCT and two other clamps that ruptured in the same test. The steel plates had their chemical composition determined by optical emission spectrometry, their mechanical properties determined in uniaxial tensile test and hardness test, in addition, their microstructure was analyzed by optical microscopy (OM). Fractures of the ruptured clamps were examined by visual inspection and scanning electron microscopy (SEM). The clamps, ruptured and unruptured, were analyzed by optical emission spectrometry to determine their chemical composition, were also submitted to hardness assay and analyzed by OM. The Time Transformation Temperature Diagrams (TTT) were determined for steel using specimens produced from the two steel plates of different thicknesses, by means of dilatometry tests. Specimens used for the dilatometry test at three different temperatures (680ºC, 400ºC and less than 260ºC) were characterized for their microstructure using OM. The presence of stress concentrator in the clamp geometry, and the maximum stresses were determined using numerical simulation by finite element method (FEM), making use of mesh with greater refinement in the region of stress concentration. The FEM was used to determine the parameters necessary to reproduce the same maximum stresses in the specimens used in the SCT assay. The specimens were made from the steel plate of 4.0 mm, were submitted to folding and austempered in two isotherms (300ºC and 400ºC). In the specimens were applied the maximum tensions corresponding to that applied to the clamps for the same assay and were submerged in acid solution to perform the SCT assay. From the analyses performed, it is concluded that the chemical compositions of the plates and clamps need to be better controlled. The ruptured clamps have a coarser bainite microstructure, with a tendency to martensite formation, and resemble austempered Specimens at 300ºC (which also ruptured in the SCT assay). The unruptured clamp has a refined bainite microstructure, similar to austempered specimens at 400ºC (which also resisted the SCT test without breaking). From the results obtained it is possible to conclude that the root cause of the failures of the spring clamps analyzed was the performance of heat treatment at temperature very close to the temperature of transformation of martensite.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4708
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