Tempo de prática e desempenho de habilidades motoras em crianças praticantes de ginástica no contraturno escolar.

Abstract

O objetivo da pesquisa foi investigar se o tempo de prática orientada da ginástica interfere no desempenho das habilidades gímnicas em crianças na fase escolar. Métodos: Participaram 67 crianças de ambos os sexos com idade entre 4 e 10 anos que estavam matriculadas e frequentando as aulas de ginástica, no contraturno escolar, do projeto Trampolim de Ouro, que é um projeto de extensão ofertado pela Escola de Educação Física da Universidade Federal de Ouro Preto (EEF-UFOP). A amostra foi dividida em dois grupos, conforme o tempo de prática: 1) Mais experientes (n = 37) – 18 meses de prática; 2) Menos experientes (n = 30) – 9 meses de prática. Foi desenvolvida uma ficha de avaliação para classificar o desempenho dos alunos nos movimentos básicos da ginástica (saltos, rolamentos, aterrissagem, paradas invertidas), atribuindo a eles uma nota de 1 a 5, sendo: 1 Fraco; 2 Razoável; 3 Bom; 4 Muito bom; 5 Excelente, de acordo com critérios estabelecidos. Utilizou-se a análise de covariância (ANCOVA), utilizando a idade cronológica como covariável, com o nível de significância 5%. Resultado: O grupo mais experiente apresentou maior somatório de desempenho das habilidades gímnicas (34,7 ± 7,2 vs. 30,5 ± 7,4; p = 0,036) e melhor desempenho em todas as habilidades isoladamente (p<0,05) quando comparado ao grupo menos experiente. Conclusão: O tempo de prática influencia positivamente no desempenho motor de habilidades gímnicas de crianças que praticam ginástica no contraturno escolar.