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Título: Associação do consumo alimentar segundo grau de processamento e prevalência dos sintomas de ansiedade e depressão entre estudantes universitários durante a pandemia de Covid-19.
Autor(es): Oliveira, Milena Martins de
Orientador(es): Menezes, Mariana Carvalho de
Coletro, Hillary Nascimento
Membros da banca: Menezes, Mariana Carvalho de
Meireles, Adriana Lúcia
Vieira, Renata Adrielle Lima
Coletro, Hillary Nascimento
Palavras-chave: Ansiedade
Depressão
Estudantes
Transtornos mentais
Saúde mental
Data do documento: 2022
Referência: OLIVEIRA, Milena Martins de. Associação do consumo alimentar segundo grau de processamento e prevalência dos sintomas de ansiedade e depressão entre estudantes universitários durante a pandemia de Covid-19. 2022. 108 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: A pandemia de Covid-19 gerou mudanças bruscas no estilo de vida da população, incluindo alterações no consumo alimentar, como aumento no consumo de alimentos ultraprocessados. Além disso, a pandemia impulsionou o número de casos de depressão e ansiedade ao gerar um ambiente propício ao desenvolvimento desses transtornos, incluindo as alterações do estilo de vida e o distanciamento social. O objetivo do estudo foi analisar a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão entre uma amostra de estudantes universitários, distribuída em dois segmentos (T0 e T3), bem como descrever o consumo alimentar segundo grau de processamento da classificação NOVA, de forma transversal, em dois momentos distintos da pandemia e estudar a possível associação entre saúde mental e consumo alimentar. Dessa forma, o presente estudo reuniu dados de 2.506 graduandos da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que participaram da coleta de dados do projeto Padu-Covid durante a linha de base (T0), que ocorreu entre os meses de julho e agosto de 2020, e durante o terceiro segmento (T3), de ocorrência entre maio e junho de 2021. Os participantes responderam ao questionário on-line auto aplicado que incluiu dados sociodemográficos e sobre consumo alimentar, avaliado por meio de Questionário de Frequência Alimentar Qualitativo referente aos últimos 30 dias. Os alimentos foram classificados em alimentos in natura/minimamente processados e ultraprocessados, segundo classificação NOVA. O desfecho do estudo abordou os sintomas de ansiedade e depressão, que foram avaliados por meio da Escala DASS-21 validada para população brasileira. A análise de associação ocorreu através de Regressão de Poisson de variância robusta ajustada para sexo, idade, renda, estado civil, Índice de Massa Corporal (IMC) e diagnóstico médico de transtorno mental. A amostra era composta por maioria do sexo biológico feminino (66,3%), idade entre 18 e 23 anos (56,76%) e a prevalência de sintomas de ansiedade e depressão foi de 46,12% e 54,62%, respectivamente. Quanto ao consumo alimentar, observou-se um aumento de 3,31% no consumo de in natura/minimamente processados entre T0 e T3, além de uma redução de 0,4% no consumo de alimentos ultraprocessados entre os mesmos segmentos. Por meio de análise de regressão multivariada, foi possível identificar que os indivíduos que possuíam maior consumo de alimentos in natura/minimamente processados (consumo semanal acima da mediana), apresentaram menor razão de prevalência para os sintomas de ansiedade (RP: 0,83 e IC 95%: 0,71 – 0,97), enquanto que o maior consumo de alimentos ultraprocessados (consumo semanal acima da mediana), representou maior razão de prevalência para os sintomas de ansiedade (RP:1,24 e IC 95%: 1,06 – 1,46). Ademais, segure-se que o consumo de alimentos in natura/minimamente processados seja fator de proteção para os sintomas de depressão (RP: 0,86, P-valor: 0,048 e IC 95%: 0,74 – 0,99). Assim, o presente estudo destaca a associação inversa entre o consumo de alimentos in natura/minimamente processados e prevalência de sintoma de ansiedade enquanto o consumo de alimentos ultraprocessados revelou-se fator de risco para sintoma de ansiedade, além de sugerir que o consumo de alimentos in natura/minimamente processados atue como fator de proteção para o sintoma de depressão.
Resumo em outra língua: The Covid-19 pandemic has changed the population's lifestyle, including food consumption, such as an increase in the consumption of ultra-processed foods. In addition, the pandemic boosted the global increase in cases of depression and anxiety by creating an environment conducive to the development of these disorders, including lifestyle changes and social distancing. Thus, the present study gathered data from 2,506 undergraduates from Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), who participated in the data collection of the Padu-Covid project during the baseline (T0), which took place between July and August 2020 and the third segment (T3), which took place between May and June 2021. The objective of the study was to analyze the prevalence of symptoms of anxiety and depression among the sample, as well as to describe food consumption according to the processing degree of the NOVA classification, between both segments. Thus, an association was made between food consumption according to the degree of processing and symptoms of anxiety and depression during the baseline (T0). Participants answered a self-administered online questionnaire that included sociodemographic and food consumption data, assessed using a Qualitative Food Frequency Questionnaire for the last 30 days. Foods were classified as in natura/minimally processed and ultra-processed foods, according to the NOVA classification. Anxiety and depression symptoms were evaluated using the DASS-21 Scale validated for the Brazilian population. Association analysis was performed using Poisson regression of robust variance adjusted for sex, age, income, marital status, Body Mass Index (BMI) and medical diagnosis of mental disorder. The sample consisted most of the female biological sex (66.3%), aged between 18 and 23 years (56.76%) and the prevalence of anxiety and depression symptoms was 46.12% and 54.62%, respectively. As for food consumption, there was an increase of 3.31% in the consumption of in natura/minimally processed foods between T0 and T3, in addition to a 0.4% reduction in the consumption of ultra-processed foods among the same segments. Through multivariate regression analysis, it was possible to identify that individual who had a higher consumption of fresh/minimally processed foods (weekly consumption above the median) had a lower prevalence ratio for anxiety symptoms (PR: 0.83 and 95% CI: 0.71 – 0.97), while the higher consumption of ultra-processed foods (weekly consumption above the median), represented the highest prevalence ratio for anxiety symptoms (PR: 1.24 and 95% CI: 1.06 - 1.46). There is also a tendency for the consumption of fresh/minimally processed foods to be a protective factor for symptoms of depression (PR: 0.86, P-value: 0.048 and 95% CI: 0.74 – 0.99). Therefore, the present study highlights the inverse association between the consumption of fresh/minimally processed foods and the prevalence of anxiety symptoms, while the consumption of ultra-processed foods proved to be a risk factor for anxiety symptoms, in addition to suggesting that the consumption of in natura/minimally processed foods act as a protective factor for the symptom of depression.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4470
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