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Título: Níveis séricos de ácido úrico no climatério e sua associação com variáveis metabólicas e clínicas.
Autor(es): D'Angelo, Georgia Carvalho de Oliveira
Orientador(es): Lima, Angélica Alves
Souza, Laura Alves Cota e
Membros da banca: Silva, Nayara Nascimento Toledo
Souza, Laura Alves Cota e
Lima, Angélica Alves
Agostini, Lívia da Cunha
Palavras-chave: Ácido úrico
Avaliação bioquímica
Climatério
Parâmetros antropométricos
Risco cardiovascular
Síndrome metabólica
Data do documento: 2022
Referência: D'ANGELO, Georgia Carvalho de Oliveira. Níveis séricos de ácido úrico no climatério e sua associação com variáveis metabólicas e clínicas. 2022. 68 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Durante o climatério são comuns distúrbios metabólicos, como dislipidemias, redistribuição da gordura corporal, aumento da circunferência da cintura, do peso e do risco cardiovascular, o que acontece principalmente devido à queda dos níveis de estrógenos circulantes. Neste cenário, torna-se importante a investigação de marcadores, como o ácido úrico (AU), que podem contribuir para o estabelecimento de tais alterações metabólicas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os níveis séricos de AU em mulheres climatéricas, correlacionando-os com variáveis clínicas e metabólicas. Para tal, foram selecionadas 672 mulheres entre 40 e 65 anos residentes na cidade de Ouro Preto, MG. Foram realizadas entrevistas, coletas de sangue para avaliação bioquímica, medidas antropométricas e de pressão arterial. Os níveis de AU foram determinados usando o método enzimático-colorimétrico. Para a realização das análises, as participantes foram divididas em quartis, de acordo com os níveis de AU. Foram consideradas no primeiro quartil as mulheres que tinham concentrações séricas de AU de até 4,0 mg/dL; no segundo quartil aquelas com níveis entre 4,1 mg/dL e 4,8 mg/dL; no terceiro quartil as participantes com níveis entre 4,8 mg/dL e 5,6 mg/dL; e no quarto quartil as que possuíam AU maior que 5,6 mg/dL. Os resultados mostraram que os níveis médios de AU das voluntárias variaram de 2,0 mg/dL a 11,6 mg/dL, com valor médio de 4,9±1,5 mg/dL. Para todos os parâmetros antropométricos avaliados (peso, IMC, % de gordura corporal, circunferência da cintura e relação cintura-estatura foram observados melhores resultados nas mulheres que possuíam níveis de AU mais baixos. A análise estatística mostrou diferença significativa na comparação do primeiro e do segundo quartil com os demais quartis (p<0,05). Para IMC e relação cintura-estatura também foi observada diferença estatística na comparação dos quartis 3 e 4 (p<0,001). Em relação às variáveis laboratoriais, foram observados piores resultados medianos à medida que se passava do primeiro quartil de AU para o último. Foram observadas diferenças significativas (p<0,001) entre os quartis para triglicerídeos (87 mg/dL no primeiro quartil, 98 mg/dL no segundo, 113 mg/dL no terceiro e 146 mg/dL no quarto), colesterol total (202, 206, 208 e 218 mg/dL), HDLc (60, 56, 54 e 50 mg/dL), não-HDLc (139, 151, 152 e 156 mg/dL), glicose (89, 90, 93 e 98 mg/dLNa), insulina (5,0; 5,7; 7,5 e 9,0 μUI/mL), HOMA-IR (1,09; 1,26; 1,69 e 2,17), ureia (27, 28, 28 e 30 mg/dL) e creatinina (0,70; 0,70; 0,71 e 0,74 mg/dL). Ao comparar o quarto quartil de AU com o primeiro, também foram encontrados valores significativamente mais elevados da pressão arterial sistólica (133 vs 126 mmHg, p=0,002) e diastólica (85 vs 80 mmHg, p=0,002). Em relação a síndrome metabólica, houve aumento expressivo da frequência com o aumento dos níveis de AU (22,8%, 30,9%, 43,0% e 64,6%; p<0,05). Por fim, a avaliação do risco cardiovascular mostrou aumento progressivo do risco à medida que se passava do primeiro quartil de AU para o quarto (p<0,05). Desta forma, os achados deste trabalho permitiram concluir que mulheres climatéricas com níveis elevados de AU possuíam piores variáveis metabólicas e clínicas em comparação àquelas com níveis mais baixos do analito.
Resumo em outra língua: During the climacteric, metabolic disorders such as dyslipidemia, redistribution of body fat, increase in waist circumference, weight and cardiovascular risk are common, which is mainly due to the drop in circulating estrogen levels. In this scenario, it is important to investigate markers, such as uric acid (UA), which may contribute to the establishment of such metabolic alterations. Thus, the objective of this study was to evaluate the serum levels of UA in climacteric women, correlating them with clinical and metabolic variables. For this, 672 women between 40 and 65 years old living in the city of Ouro Preto, MG were selected. Interviews, blood samples for biochemical evaluation, anthropometric and blood pressure measurements were carried out. AU levels were determined using the enzymatic-colorimetric method. To perform the analyses, the participants were divided into quartiles, according to the AU levels. Women who had serum UA concentrations of up to 4.0 mg/dL were considered in the first quartile; in the second quartile those with levels between 4.1 mg/dL and 4.8 mg/dL; in the third quartile, participants with levels between 4.8 mg/dL and 5.6 mg/dL; and in the fourth quartile those who had UA greater than 5.6 mg/dL. The results showed that the participants’ mean UA levels ranged from 2.0 mg/dL to 11.6 mg/dL, with a mean value of 4.9±1.5 mg/dL. For all anthropometric parameters evaluated (weight, BMI, % of body fat, waist circumference and waist-to-height ratio) better results were observed in women who had lower UA levels. Statistical analysis showed a significant difference in the comparison of the first and second quartiles with the other quartiles (p<0.05). For BMI and waist-to-height ratio, a statistical difference was also observed in the comparison of quartiles 3 and 4 (p<0.001). In relation to the laboratory variables, worse median results were observed as one went from the first quartile of AU to the last. Significant differences (p<0.001) were observed between the quartiles for triglycerides (87 mg/dL in the first quartile, 98 mg/dL in the second, 113 mg/dL in the third and 146 mg/dL in the fourth), cholesterol total (202, 206, 208 and 218 mg/dL), HDLc (60, 56, 54 and 50 mg/dL), non-HDLc (139, 151, 152 and 156 mg/dL), glucose (89, 90, 93 and 98 mg/dL), insulin (5.0; 5.7; 7.5 and 9.0 μIU/mL), HOMA-IR (1.09; 1.26; 1.69 and 2.17), urea (27, 28, 28 and 30 mg/dL) and creatinine (0.70; 0.70; 0.71 and 0.74 mg/dL). When comparing the fourth quartile of AU with the first, significantly higher values of systolic (133 vs 126 mmHg, p=0.002) and diastolic (85 vs 80 mmHg, p=0.002) blood pressure were also found. Regarding metabolic syndrome, there was a significant increase in frequency with increasing levels of UA (22.8%, 30.9%, 43.0% and 64.6%; p<0.05). Finally, the cardiovascular risk assessment showed a progressive increase in risk as one went from the first AU quartile to the fourth (p<0.05). Thus, the findings of this study allowed us to conclude that climacteric women with high levels of UA had worse metabolic and clinical variables compared to those with lower levels of the analyte.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4289
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