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Título: Análise temporal da hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol.
Autor(es): Queiroz, Isabela Ferreira
Orientador(es): Costa, Daniela Caldeira
Coelho, Aline Meireles
Membros da banca: Gonçalves, Allan Cristian
Castro, Maria Laura da Cruz
Costa, Daniela Caldeira
Coelho, Aline Meireles
Palavras-chave: Medicamentos - efeitos colaterais
Acetaminofen - intoxicação
Fígado - doenças
Data do documento: 2022
Referência: QUEIROZ, Isabela Ferreira. Análise temporal da hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol. 2022. 50 f. Monografia (Graduação em Farmácia) - Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: O paracetamol, é um dos analgésicos e antipiréticos mais utilizados, porém devido ao acesso fácil ao medicamento e a automedicação da população tem-se observado um aumento no número de intoxicações por este fármaco. A utilização do paracetamol em doses elevadas pode causar danos hepáticos irreversíveis. A hepatotoxicidade ocasionada pelo paracetamol é iniciada por um metabólito reativo chamado N‐acetil-p-benzoquinonimina (NAPQI) que, em baixas quantidades é neutralizado pela glutationa hepática (GSH), entretanto em excesso pode ocasionar depleção de GSH e sérios danos hepáticos. Baseado no exposto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as principais alterações hepáticas decorrentes da intoxicação com paracetamol em curto prazo (3 horas) e em longo prazo (12 horas). Para tal, foram utilizados 21 camundongos C57BL/6 distribuídos nos seguintes grupos: Grupo controle (n=7) que recebeu apenas água; Grupo APAP 3H (n=7) e Grupo APAP 12H (n=7) que receberam a dose tóxica de paracetamol 500 mg/kg, 3 ou 12 horas antes da eutanásia, respectivamente. Após a eutanásia, amostras do soro e fígado foram coletadas e armazenadas para a avaliação da função hepática e renal, análise dos biomarcadores do estado redox hepático, análise histopatológica e perfil inflamatório. Os resultados mostraram que houve um aumento significativo das enzimas ALT e AST após 12 h de intoxicação, sugerindo lesão hepática. Na função renal observamos um aumento de creatinina após 3 e 12 horas de intoxicação. Já em relação à concentração de ureia observamos um aumento em seus níveis após 12 horas. Em relação aos biomarcadores do estado redox houve um aumento de proteína carbonilada após 12 horas e um aumento de peroxidação lipídica tanto em 3 horas como em 12 horas. Enquanto na quantificação dos grupamentos sulfidrila houve uma redução após 12 horas de exposição ao fármaco. No que diz respeito aos componentes da via do inflamassoma observou-se que uma diminuição na expressão de IL-18 e CASP-1 em 3 horas, já em 12 horas houve aumento na expressão de IL-18, CASP-1, NLRP3 e IL1-β. Também foi observado um aumento na concentração das citocinas pro-inflamatórias TNF e IL-6 em 12 horas de intoxicação. Além disso, na histoarquitetura hepática os índices de necrose e hiperemia aumentaram após 12 horas de exposição, enquanto a binucleação diminuiu nesse período. Dessa forma, concluímos que o paracetamol induz lesões hepáticas já nas primeiras horas de intoxicação, sendo que no período de 12 horas após a intoxicação todos os parâmetros avaliados foram alterados. Sendo assim, a análise temporal dos efeitos hepatotóxicos desse fármaco poderá abrir novas perspectivas para estudos clínicos que visem uma abordagem terapêutica mais eficiente, aumentando a chance de sobrevida do indivíduo intoxicado.
Resumo em outra língua: Paracetamol is one of the most observed and most used antipyretics, but due to easy access to the drug and the population's self-medication, an increase in the number of intoxications by this drug has been observed. The use of paracetamol in high doses can cause liver damage. Paracetamol hepatotoxicity is caused by a reactive metabolite called acetyl-pbenzoquinonimine (NAPQI) which at low levels is neutralized by hepatic glutathione (GSH), but in excess can cause GSH depletion and liver damage. Based on the above, the present study as an objective evaluated with changes in the term paracetamol in a recent study (3 hours) and in the long term (12 hours). For this, 21 C57BL/6 mice were distributed in the following groups: Control group (=7) that received only water; 3H APAP Group (n=7) and 12H APAP Group (n=7) who received a toxic dose of paracetamol 500 mg/kg, 3 or 12 hours before euthanasia, respectively. After euthanasia, serum and liver samples were collected and stored for assessment of liver and kidney function, analysis of biomarkers of liver redox status, histopathological analysis and inflammatory profile. The results showed that there was a significant increase in ALT and AST enzymes after 12 h of intoxication, suggesting liver damage. Renal function notes an increase in creatinine after 3 and 12 hours of intoxication. Regarding the urea concentration, we observed one in its levels after 12 hours. Regarding the biomarkers of the redox state, there was an increase in carbonyl protein after 12 hours and an increase in lipid peroxidation both at 3 hours and at 12 hours. While in the quantification of sulfhydryl groups there was a reduction after 12 hours of drug exposure. Regarding the components of the inflammasome pathway, it was observed that a reduction in the expression of IL-18 and CASP-3 hours, there was already an increase of 12 hours in the expression of IL18, CASP-1, NLRP3 and IL1 -β . An increase in the concentration of the pro-inflammatory cytokines TNF and IL-6 was also observed. Of that, his in hepatic architecture the indices and hyperemia occurred after 12 exposure, while the binucleation of additional necrosis hours in that period. Thus, we concluded that paracetamol was already in the first intoxication units, and in the period of 12 hours after intoxication, all hours in parameters were changed. Therefore, a temporal analysis of the hepatotoxic effects of this drug open perspectives for clinical studies aimed at a more efficient therapeutic approach, increasing a chance of survival of the intoxicated individual.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/4145
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