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Título: Impacto das mídias sociais sobre a insatisfação corporal e risco de transtornos alimentares e depressão em estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto.
Autor(es): Fernandes, Kátia
Membros da banca: Braga, Priscila Gabriela
Mendonça, Raquel de Deus
Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Palavras-chave: Insatisfação corporal
Depressão
Transtorno alimentar
Mídias sociais
Internet
Data do documento: 2019
Referência: FERNANDES, Kátia. Impacto das mídias sociais sobre a insatisfação corporal e risco de transtornos alimentares e depressão em estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto. 2019. 94 f. Monografia (Graduação em Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2019.
Resumo: O uso da internet aumentou de forma significativa nos últimos anos em toda população. Os conteúdos midiáticos exercem importante influência na vida social e pessoal dos universitários, e isso os tornam um público vulnerável ao que as mídias sociais publicam e compartilham. O envolvimento com mídias sociais, que não retrata necessariamente a “vida real”, pode gerar comportamentos de insatisfação, vazio, tristeza e impactar na satisfação corporal e distorção da imagem corporal pela crença em um ideal de beleza ou padrão estético, levando a práticas alimentares não saudáveis ou inadequadas. Paralelamente a este fato, o aumento da prevalência de depressão, insatisfação corporal e transtornos alimentares em jovens tem sido um fator de grande preocupação em termos de saúde pública. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação do uso de mídias sociais na insatisfação corporal e como esses fatores colaboram para a ocorrência de transtornos alimentares, depressão, ansiedade e estresse em estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Para isso foram elaborados e disponibilizados questionários na versão online para a coleta de dados sobre a utilização de mídias sociais, a insatisfação corporal, o risco de depressão e de transtornos alimentares. Foram utilizadas as versões traduzidas e validadas do Eating Attitude test- 26 (EAT -26) para a avaliação do risco de transtorno alimentar; o Body Shape Questionaire (BSQ) para a avaliação da insatisfação corporal e o Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21) para depressão, ansiedade e estresse. Para avaliar o uso excessivo de internet foi utilizado o Internet Addiction Test (IAT) e para avaliar o envolvimento em fotos publicadas nas mídias sociais foram utilizadas as escalas Self Photo Manipulation scale, e a Self Photo Investment scale. A amostra foi composta por 647 estudantes de graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), sendo 65,5% do sexo feminino e apresentando uma idade média de 24,78 ± 6,07 anos. A maioria dos estudantes possuía as mídias sociais Facebook e Instagram, dispendendo mais tempo no Instagram, sendo que 36% apresentavam algum problema relativo ao uso excessivo de internet. Quanto aos distúrbios de ordem psicológica, a maior parte dos entrevistados apresentava algum grau de estresse, ansiedade, sintomas depressivos; 33,5% algum grau de insatisfação corporal e 42,3% tinham risco de desenvolvimento de transtornos alimentares. Usuários de mídias sociais, especialmente Instragram, possuíam maior insatisfação corporal e risco de desenvolvimento de transtornos alimentares, depressão, ansiedade e estresse, e este efeito era proporcional ao tempo de uso. Houve correlação positiva entre manipulação e investimento em fotos e a insatisfação corporal, bem como com os desfechos psicológicos. Maiores escores de insatisfação corporal, estresse, ansiedade, depressão e de chance de desenvolver transtorno alimentar foram encontrados para o sexo feminino; maior insatisfação corporal e escores de depressão e transtorno alimentar em indivíduos com excesso de peso; e de ansiedade e depressão em estudantes dos cursos de ciências humanas; e menores escores de transtornos alimentares em estudantes de cursos de ciências exatas. A associação entre manipulação e investimento em fotos, uso excessivo de internet e insatisfação corporal, estresse, depressão e ansiedade foi positiva mesmo após ajuste por sexo, área de estudo e estado nutricional. Sendo assim, o uso de mídias sociais, sobretudo o Instagram, esteve associado à insatisfação corporal e, consequentemente, à chance de desenvolver transtornos alimentares, e distúrbios psicológicos em estudantes universitários.
Resumo em outra língua: Internet use in the university environment has increased dramatically in recent years, and this makes university students vulnerable to what social media publishes and shares. The media contents exert an important influence on the social and personal life of the university students, so that individuals compare and identify themselves with virtual profiles. Involvement with social media, which does not necessarily portray "real life", can lead to behaviors of dissatisfaction, emptiness, sadness and impact on lower body satisfaction and distortion of body image by belief in an ideal of beauty or esthetic pattern, leading to practices unhealthy or inadequate food habits. In parallel to this fact, the increase in the prevalence of depression, body dissatisfaction and eating disorders in young people has been a major concern in terms of public health. Therefore, the objective of this study was to evaluate the association of the use of social media in body dissatisfaction and how these factors contribute to the occurrence of eating disorders and depression in students of the Federal University of Ouro Preto. For this purpose, questionnaires were prepared and sent online for the collection of data on the use of social media, body dissatisfaction, risk of depression and eating disorders. The translated and validated versions of the Eating Attitude test-26 (EAT-26) were used for the evaluation of the risk of eating disorder; the Body Shape Questionnaire (BSQ) for the assessment of body dissatisfaction, and the Depression Anxiety and Stress Scale (DASS-21) for depression, anxiety and stress. The Internet Addiction Test (IAT) was used to assess the excessive use of the Internet and to evaluate the involvement in photos published in social media, the Self Photo Manipulation scale and the Self Photo Investment scale were used. The sample consisted of 647 undergraduate students from the Federal University of Ouro Preto (UFOP), being 65.5% female and with a mean age of 24.78 ± 6.07 years. According to the variables of interest, the majority of students had social media Facebook and Instagram, spending more time on Instagram, and 36% had some problem related to excessive use of the internet, and most were normalweight. About psychological disorders, the majority of respondents had some degree of stress, anxiety, depressive symptoms; 33.5% had some degree of body dissatisfaction and 42.3% had a risk of developing eating disorders. Social media users, especially Instragram, had greater body dissatisfaction and risk of developing eating disorders, depression, anxiety and stress, and this effect was proportional to the connected time. There was a positive correlation between manipulation and investment in photos and psychological outcomes as well as body dissatisfaction. Higher scores of body dissatisfaction, stress, anxiety, depression and eating disorder were found for females; greater body dissatisfaction and scores of depression and eating disorder in individuals with excess of weight; and anxiety and depression in students of human sciences courses, and lower scores of eating disorders in students of exact science courses. The association between excessive use of internet, as well as, photo’s manipulation and investiment, and body dissatisfaction, stress, anxiety and depression remained significant even after adjusting for gender, area of study and nutritional status. Therefore, the use of social media, especially Instagram, was associated with body dissatisfaction and, consequently, the risk of eating disorders, and psychological disorders in university students.
URI: http://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/2527
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